Enfim, com mais alguns dias de descanso, eu estava completamente recuperada. O corpo ainda latejava em alguns pontos, mas já era capaz de sustentar meus passos sem dor. Todos no casarão ficaram aliviados com minha melhora, e Miranda decidiu organizar uma pequena comemoração em família. Risos, vinho e música preenchiam o salão.
Draco, no entanto, não estava presente. E eu sabia bem o motivo. Desde meu retorno, não o tinha visto uma única vez. Seu nome parecia proibido, ninguém ousava pronunciá-lo quando eu estava por perto.
— Fico feliz que esteja bem, minha senhora. — Castor disse, sorrindo de forma franca.
— Obrigada, Castor. Eu sou dura de derrubar.
— Graças aos deuses por isso.
Reparei no modo como ele me olhava — respeitoso, mas firme.
— Sabe onde Draco está?
Ele engoliu em seco, desviando os olhos.
— Deve estar por aí, andando pelos prostíbulos, minha senhora. Não consigo imaginar a quem aquele lobo puxou.
Assenti, levando a taça de vinho à boca. Mas algo latejava dentro de mim.