Elara*
As palavras de Draco reverberaram em minha mente durante toda a noite. Era impossível afastá-las. Ele tinha cravado a ameaça como veneno em minhas veias — e eu sabia, não podia contar a Cassian. Não importava o que acontecesse. Draco havia deixado claro o que faria. E ele tinha muito mais influência sobre o irmão do que eu jamais teria.
Quando o dia nasceu, mal percebi que Cassian já havia deixado o quarto. Segui até o espelho, tentando pentear meus cabelos, mas o que encontrei fez meu coração desmoronar: a mancha roxa se espalhava, brutal, quase tomando todo o meu olho. Um nó me fechou a garganta. Respirei fundo, sentindo o coração disparar.
Sem perder tempo, comecei a maquiar apressada a pele, tentando disfarçar o pior. Já estava na metade quando Cassian entrou no quarto sem aviso. O ar pareceu rarear. Engoli em seco, abaixando a cabeça, como se isso fosse esconder algo que já ardia em evidência.
— Por que ainda não desceu para tomar café? — perguntou, tirando a camiseta suad