Caroline Hart é uma chef renomada, acostumada a brilhar nas cozinhas mais sofisticadas de Nova York. Mas sua carreira e sua vida desmoronam quando a traição de seu noivo no dia do seu casamento a expõe publicamente, forçando-a a fugir para um lugar onde ninguém a reconheça. Seu refúgio? Uma cidade remota no meio do nada. Seu novo emprego? Cozinheira particular de um homem que ela nunca viu. O que ela não esperava era que seu novo chefe fosse Damon Thorn, um homem tão perigoso quanto irresistível. Arrogante, dominante e acostumado a ser obedecido, ele não é apenas um empresário recluso e solitário, ele é o Alfa de uma poderosa matilha de lobos. Caroline é humana. E Damon? Um predador letal. Desde o primeiro encontro, os dois se chocam em um jogo de orgulho e desejo proibido. Mas quando segredos começam a vir à tona e o destino os coloca frente a frente, Caroline precisa decidir: dar uma segunda chance ao amor, ou se entregar ao perigo de um Alfa que não aceita um "não" como resposta?
Ler maisCaroline Hart
Era para ser o melhor dia da minha vida.
O troféu ainda estava nas minhas mãos: o cobiçado Prêmio Michelin. O sonho de qualquer chef. A consagração definitiva de uma carreira construída com sangue, suor e cicatrizes nas mãos.
Quando chamei meu nome no palco, quase não acreditei. Lembrei de todas as noites em claro, de cada humilhação engolida, de cada lágrima que chorei escondida no banheiro do restaurante. Tudo, absolutamente tudo, parecia ter valido a pena.
Zion. Meu noivo.
Tínhamos acabado de nos mudar para o nosso novo apartamento, um presente luxuoso de casamento. Eu tinha comprado a sobremesa preferida dele no caminho, um tiramisù de champagne artesanal. Queria comemorar.
Mas quando abri a porta...
O prato caiu primeiro. Depois, o troféu. Ambos quebraram no chão, como se simbolizassem a ruína que me esperava.
Zion estava nu. No nosso sofá. Com uma loira por cima dele, gemendo como se estivesse no próprio palco.
A mulher... usando a minha camiseta favorita, como se fosse dela riu quando me viu parada na porta, paralisada. Zion nem tentou disfarçar. Levantou com pressa, tropeçando nas próprias calças, murmurando desculpas vazias.
"Caroline... não é o que parece!", ele balbuciou.
"É o nosso sofá..." Minha voz saiu fraca, embargada. "Nosso aniversário... a noite do meu prêmio... Zion, por quê?"
A loira ajeitou o cabelo e saiu sem pressa, como se aquilo fosse o mais normal do mundo.
"Foi um erro!" ele insistiu. "Um deslize, só isso. Não significa nada!"
"O nosso sofá", repeti. "A nossa casa. A nossa história."
O gosto amargo da traição queimava minha garganta. Meu corpo tremia, mas o que doía mais era a calma com que ele tratava tudo.
"Você vai destruir tudo por causa disso?" ele disse, com frieza repentina.
"Você destruiu tudo, Zion!"
Foi então que ele deixou cair a máscara por completo. A voz mudou. Ficou cortante.
O sangue gelou.
"Você tá brincando..."
"Não. Tem uma cláusula. Se você romper o noivado, perde os direitos de imagem, os contratos, a representação jurídica. Eu garanti meu investimento, Caroline. Você não chegou até aqui sozinha."
Meu estômago revirou.
"Você é um monstro..." sussurrei, recuando. "Você me comprou."
"Eu te preparei pro sucesso. Agora seja esperta: casa comigo, faz seu nome crescer... e depois, se quiser, some. Mas se tentar sair agora, você vai pro fundo do poço."
Não respondi. Só virei as costas e saí, antes que ele visse as lágrimas caindo.
Andei pela cidade como um fantasma. A chuva começou a cair fina, e as luzes de Nova York pareciam zombar de mim a cada esquina.
Acabei parando diante de um hotel boutique, elegante e discreto. Um desses lugares que famosos frequentam quando querem desaparecer por uma noite.
Entrei. O ambiente era acolhedor, com luz baixa, paredes de madeira escura e cheiro de vinho e perfume caro no ar.
Me sentei no bar. Pedi um drink. Depois outro.
Foi quando vi ele.
Sozinho em uma mesa ao fundo, uma taça de whisky entre os dedos longos. Alto, corpo largo sob um terno escuro, o rosto parcialmente sombreado pela luz fraca. Os cabelos negros estavam levemente bagunçados, e os olhos azuis intensos me observaram como se já soubessem o que eu sentia.
Ele exalava perigo. Confiança arrogante. Era o tipo de homem que fazia você se esquecer do próprio nome.
Quando ele percebeu meu olhar, ergueu uma sobrancelha, provocador.
"Vai ficar me olhando ou vai vir até aqui?" a voz dele cortou o ar como uma navalha.
Arrogante. Marrento. Mas aquele tipo de marra que hipnotiza.
Meu corpo se moveu antes que minha mente pudesse pensar. Me levantei. Fui até ele.
"Você se importa?" perguntei, apontando para a cadeira à frente.
"Depende. Você veio beber ou se esconder?"
"Talvez as duas coisas."
Ele deu um sorriso enviesado, debochado. E eu não esperei mais. Me aproximei e o beijei.
Sem aviso. Sem nome. Sem razão.
Foi um beijo desesperado, de raiva, fuga e álcool.
Por alguns segundos, o mundo parou. Só existia aquele beijo. O calor dele. As mãos firmes segurando minha cintura.
E então...
Flashes. Paparazzi. Câmeras surgindo das sombras, clicando, clicando, clicando.
Eu me afastei num pulo, ofegante.
"Merda…" sussurrei, cobrindo o rosto.
O homem passou a mão pelos lábios, rindo com ironia. "Você beija sempre assim estranhos nos bares, ou só quando tá tentando fugir de alguma coisa?"
"Você não entende… eu preciso ir."
"Ah, entendo. E vou te dar um conselho: da próxima vez, escolha um lugar sem fotógrafos humana."
Não entendi porque ele me chamou assim, mas apenas saí correndo. O celular já vibrava, explodindo em mensagens, manchetes e notificações:
"Caroline Hart beija homem misterioso em hotel de luxo."
"Flagra: noiva do chef Zion Wallace trai às vésperas do casamento."
"Escândalo Michelin: a queda da nova estrela da gastronomia."
Meu mundo desmoronava e eu não acreditava que mesmo sendo a vitima, Zion sairia como certo.
Entrei no táxi chorando.
Magie, minha agente e melhor amiga, atendeu na terceira tentativa.
"Vi tudo", ela disse, sem rodeios. "Paparazzi. Zion. As redes... você virou trending topic."
"Ele vai me destruir, Magie. Quando cheguei ao apartamento, ele estava com outra no nosso futuro sofá. E me disse que se eu não casar com ele, há um contrato que eu mesma assinei que dá o direito dele tomar tudo, até meu dinheiro."engoli o seco."
"Hart..."
"A culpa é toda minha." eu enxuguei as lágrimas."
" A culpa é desse filho de uma puta!! Sei o quanto amava ele, Carol, você não perdeu tudo. Mas precisa sumir. Tem uma vaga no interior. Cozinheira particular de um CEO. Ninguém dura lá, mas o salário é ótimo. Quer tentar?"
"Sim. Me tira daqui. AGORA!"
**
A madrugada se aproximou e o carro que veio me buscar sacolejava pela estrada de terra. A cidade ficou para trás. O escândalo, os holofotes, o nome manchado. Tudo. A manhã estava se aproximando devagar, e eu não conseguia pregar os olhos, apenas chorar.
A mansão surgiu entre as árvores. De pedra escura, janelas altas. Fria, imponente, silenciosa.
Antes que eu batesse na porta, uma voz gritou de dentro:
"Esse café da manhã está um lixo! É boa essa cozinheira chegar aqui antes do amanhecer!"
Fechei os olhos. Respirei fundo. Puxei a alça da mala com força.
"E agora, Hart? Em que inferno você foi se meter?"
Caroline Hart Corto caminho pelos arbustos da floresta enquanto Elizabeth e Gael correm como loucos a minha frente. Eles estavam brincando de se esconder, e Gael fingia ser o Alfa de toda aquela matilha."Calma crianças não vão muito longe." gritei tentando me aproximar mais deles."Nossa vida mudou um pouco. Eu havia aberto uma franquia de reestaurantes, com o lucro dos outros, Damon continuava liderando a matilha e sua construtora com o mesmo fervor de sempre.Três anos se passaram... longos três anos onde eu era completamente feliz com o amor da minha vida. "Meu Deus." Magie sussurrou respirando fundo." Só em pensar que daqui há alguns anos serei eu correndo atrás de crianças.""Você vai dar conta." eu sorri acariciando a enorme barriga de grávida dela.""Será? As vezes acho que nasci somente para os negócios,filhos não são o meu forte.""Quando viramos mães, apenas... Viramos. Não sei explicar.""Eu nem pari e Victor quer mais filhotes." revirou os olhos."Eu me sentei em frente
Caroline Hart Os flashes das câmeras estouravam diante de mim, mas tudo o que eu conseguia ouvir era o som abafado do próprio coração batendo rápido no peito.“E o prêmio de Chef Revelação do Ano vai para... Caroline Hart!”Por um segundo, fiquei paralisada. O nome ecoou pelo salão luxuoso e elegante, arrancando aplausos e assobios. Senti mãos empurrando gentilmente minhas costas, era Magie, sorrindo com os olhos brilhando de emoção.“Vai, mulher! Esse prêmio é seu!” ela sussurrou.Subi no palco com passos rápidos, o vestido vermelho deslizando como fogo pelas minhas pernas. As luzes me cegavam um pouco, mas quando segurei o troféu, tudo pareceu parar. Não era apenas uma conquista profissional. Era a prova viva de que, apesar de tudo, eu tinha recomeçado. Sobrevivido. Florescido.“O que você gostaria de dizer, Caroline Hart?” o apresentador perguntou, sorrindo.Segurei o microfone com firmeza,com o troféu na outra mão.“Quero agradecer à minha equipe, aos clientes que acreditaram em
Damon ThornGael dormia tranquilo nos meus braços, com a respiração leve e o rostinho sereno. Parecia alheio ao peso do mundo, às responsabilidades que um dia cairiam sobre seus ombros. Acariciei sua bochecha com carinho, admirando cada traço tão pequeno, tão perfeito.“Você vai ser o próximo Alfa da nossa matilha”, murmurei, como uma promessa que só ele e eu precisávamos ouvir. “Mas eu juro que vou te guiar para ser melhor do que fui um dia. Mais justo. Mais forte.”No andar de cima, Elizabeth ainda dormia em seu berço, cercada pelos brinquedos que Hart havia escolhido com tanto cuidado. Minha filha, tão doce e determinada, mesmo ainda sendo só uma bebê. Só de pensar nela, meu peito se enchia de algo que mal cabia no corpo, amor, orgulho, medo. Tudo junto.Entrei no quarto devagar. Hart ainda dormia, com o lençol bagunçado cobrindo parte do corpo e os cabelos soltos espalhados pelo travesseiro. A expressão dela era tranquila, e por um momento, fiquei só a observando. Era quase surrea
Caroline Hart.Os próximos minutos foram um borrão entre juntar tudo que eu precisaria para levar até a maternidade e entre o desespero evidente de Damon.Tento respirar e sinto uma dor repentina novamente,era provavelmente uma contração.As mãos de Damon seguram as minhas e ele me olha aparentemente nervoso."O que fazemos agora?"Damon era um grande macho Alfa, para todos nessa alcateia, mas naquele momento ele era somente um pai desesperado esperando o filhote nascer.Durante todo o momento ele franzia a testa, coçava a cabeça, e eu me segurava para não rir daquilo.Sinto mais uma contração, minutos depois, dessa vez mais forte ainda, eu me apoio na beirada da cama tentando sufocar aquela dor. "Precisamos ir. Avise a Magie e Ava. E a Daiana também." sussurro."Observo ele pegar as bolsas e as colocar no carro. Em seguida, ele se aproxima e segura a minha mão.Ele observa minha barriga e a acaricia com as pontas dos dedos."Você está linda Hart."ele sussurrou com a voz vacilando."
Caroline Hart Magie teve a brilhante ideia de irmos fazer compras. A bebê estava crescendo tão rápido e faltava pouco tempo para o parto.Eu já podia sentir a ansiedade de ter minha filha nos braços, mas, ao mesmo tempo, a alegria de vê-la se desenvolvendo dentro de mim trazia um consolo que eu nunca imaginei experimentar. Esta gravidez estava sendo completamente diferente da de Gael, um turbilhão de medo, dor e incertezas. Mas agora... havia paz.Eu já estava com sete meses. Daqui a algum tempo, iria ver o rosto da minha pequena bebê.Entramos na loja, e eu me vi cercada por roupas pequenas, sapatinhos fofos e cobertores macios, tudo em tons suaves de rosa e branco.Eu nunca pensei que ficaria tão emocionada com coisas tão simples, mas ali estava eu, com o coração disparado, tocando cada peça de roupa como se fosse a primeira vez. A ideia de preparar o enxoval da nossa filha me trouxe uma paz que eu não sabia que precisava."Olha esses sapatinhos, Hart! São tão fofos!" Magie disse,
Damon ThornA taça de vinho tremia em meus dedos quando senti o cheiro dele antes mesmo de vê-lo. Damon. Era como um trovão cruzando meu corpo, cada célula respondendo com urgência, calor, e fome.Meus olhos se ergueram devagar quando a porta do restaurante se abriu e ele passou, com a postura dominante que sempre carregava.Os funcionários se curvaram discretamente, mas ele apenas caminhou direto até mim, ignorando todos."Como está minha chefe favorita?" ele perguntou com um meio sorriso, os olhos cravados nos meus como se soubesse exatamente o que o meu corpo gritava. Eu estava no cio. Não o físico, humano. Era a loba em mim, despertando com fúria e desejo desde que ele apareceu naquela floresta.Engoli seco, tentando manter o controle, mas meu corpo já tremia. As palavras sumiram da minha boca."Você está pálida..." ele disse, curvando-se um pouco, seus dedos tocando meu queixo. "Ou será que está tentando me provocar com esse vestido e esse perfume?"Eu ri, nervosa. "Você chegou a
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