Luna é uma garota comum de 17 anos que vive em uma pacata cidade da Flórida, sonhando em se tornar médica veterinária. Criada pela tia após a morte misteriosa dos pais, sua vida muda drasticamente quando Allan surge em sua escola. Lindo, enigmático e sedutor, Allan não é apenas um novo aluno — ele é um Alfa Supremo, um híbrido de lobo e vampiro com mais de mil anos de idade. Sem que Luna saiba, ela é a Prometida destinada a governar ao lado dele e unir clãs em guerra há séculos. Porém, para conquistá-la, Allan precisará lidar com os próprios segredos, rivais perigosos e o destino que os une de forma inevitável. Com a ajuda da carismática Mérida, irmã de Allan, Luna mergulha em um universo oculto de poderes, alianças e amores proibidos. Mas será que o coração humano de Luna será forte o suficiente para aceitar o lado sombrio do homem destinado a ser seu Alfa?
Ler maisO sol da Flórida começava a se erguer no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e dourado. Na pequena cidade de Cedar Grove, as ruas ainda estavam silenciosas, exceto pelo som dos pássaros que anunciavam o início de mais um dia quente. Dentro de uma casa simples, de madeira clara e jardim florido, Luna Mendes se espreguiçava na cama, sentindo a brisa leve entrar pela janela aberta.
Aos dezessete anos, Luna tinha um rosto delicado e expressivo. Seus olhos verde-claros, que às vezes pareciam mudar de cor conforme a luz, eram uma das características que mais chamavam atenção. Os cabelos castanho-avermelhados caíam em ondas suaves até o meio das costas, e sua pele levemente bronzeada carregava o tom típico de quem vivia sob o sol da Flórida. Apesar disso, Luna não se achava especial. Para ela, era apenas uma garota comum, tentando terminar o último ano do ensino médio enquanto sonhava com o futuro. — Luna! — a voz firme de sua tia ecoou do andar de baixo. — Se você não levantar agora, vai se atrasar para a escola! — Já estou indo, tia Helena! — respondeu, levantando-se com um suspiro. Desde pequena, Luna vivia com a tia. Seus pais haviam morrido em um acidente misterioso quando ela tinha apenas seis anos, algo que até hoje despertava perguntas sem respostas. Tudo o que restara eram algumas fotos antigas e lembranças vagas. Às vezes, tinha sonhos estranhos: lobos uivando para a lua, olhos brilhantes na escuridão, e uma voz distante que sussurrava seu nome. Ela nunca contou a ninguém sobre isso, nem para Helena, por medo de parecer maluca. Enquanto descia as escadas, o aroma de pão fresco e café invadiu seus sentidos. A cozinha da tia Helena era sempre aconchegante, decorada com plantas e louças coloridas. A mulher, de quarenta e poucos anos, trabalhava como costureira na cidade e cuidava de Luna com o carinho de uma mãe, embora tivesse um jeito rígido e protetor. — Você precisa comer antes de sair — disse Helena, colocando uma fatia de pão com manteiga no prato dela. — Já está ficando magra demais com essas corridas matinais. — Tia, eu só caminho até a escola — respondeu Luna, rindo. — E prometo que como direito. Helena revirou os olhos, mas não insistiu. --- Luna pegou a mochila e saiu de casa, respirando fundo o ar fresco da manhã. O caminho para a escola sempre a deixava calma. Gostava de observar as árvores ao longo da rua e os cachorros que corriam atrás de bicicletas. No fundo, ela sempre teve uma conexão especial com os animais, algo que parecia inexplicável. Quando criança, conseguia acalmar cães assustados ou pássaros feridos apenas com sua presença. Era por isso que seu maior sonho era ser médica veterinária. Queria ajudar os animais e entender melhor esse laço estranho que sentia com eles. Ao chegar na escola, Luna foi recebida por seus dois melhores amigos: Samantha e Mario. Samantha era como uma explosão de energia. Com cabelos loiros platinados, sempre bem arrumada, e roupas modernas, chamava atenção por onde passava. Já Mario, com sua expressão calma e sorriso sincero, era quase o oposto dela. Ele tinha cabelos castanhos curtos, olhos grandes e um jeito protetor que fazia Luna se sentir segura. — Bom dia, minha futura veterinária preferida! — disse Mario, entregando um café para ela. — Obrigada, Mario! — Luna sorriu. — Você sempre salva meu dia. — Eu também estou aqui, viu? — Samantha fingiu estar ofendida. — E tenho novidades! Adivinha quem conseguiu ingressos para o festival de música? — Você? — perguntou Luna, com uma risada. — É claro! E vocês vão comigo. Nem tentem dizer não. Os três seguiram juntos até o corredor principal da escola, rindo e conversando sobre o festival. Luna adorava aqueles momentos. Para ela, amizade era uma das coisas mais preciosas da vida. --- Apesar da rotina tranquila, Luna não deixava de sentir que algo estava para mudar. Às vezes, durante a noite, tinha a impressão de que estava sendo observada. Já havia sonhado com olhos brilhantes a encarando, e acordava com o coração disparado. Achava que era apenas coisa da sua imaginação — afinal, Cedar Grove era uma cidade pacata, onde nada de extraordinário acontecia. Mas naquele dia, sem saber, algo começaria a transformar sua vida para sempre.A manhã começou cinzenta, o céu coberto por nuvens carregadas como um presságio sombrio. Luna acordou com uma sensação estranha, como se algo — ou alguém — estivesse observando-a à distância.Era a primeira vez em dias que não sonhava com Allan, mas sim com um par de olhos vermelhos, intensos e penetrantes, envoltos em névoa. Ela acordou ofegante, o suor escorrendo pelas têmporas.Na escola, o clima também estava estranho. Os corredores estavam mais silenciosos, e alguns alunos comentavam sobre um novo colega que havia se matriculado naquela manhã.— Você viu o cara novo? — sussurrou Samantha, empolgada, assim que viu Luna. — Meu Deus, ele parece um deus grego. Chegou de jaqueta preta e com um olhar que... nossa. Todo mundo parou pra olhar.Luna soltou um sorriso fraco. — Sério? Mais um aluno misterioso? Já não basta Allan?— Não! Esse é diferente. Ele parece… sombrio. Meio perigoso. Meio… sei lá. Magnético.Luna arqueou a sobrancelha. Um pressentimento incômodo se formava em seu peit
O sol ainda não havia nascido, mas Luna já estava de pé. Não dormira. Como poderia, depois do que sentira na noite anterior? A marca em sua pele ainda pulsava, quente e viva, como se tivesse vida própria. E aquilo que surgiu de seu corpo… as asas… ainda ecoavam em sua mente.Confusa e assustada, ela enviou uma mensagem para Mérida:> Luna: Eu... preciso conversar com você. É urgente.Mérida: Estou indo agora. Espere por mim.Menos de meia hora depois, Mérida apareceu no portão da casa da tia de Luna, ofegante e de moletom, como se tivesse saído correndo de casa.— O que houve? — perguntou a híbrida, entrando direto no quarto.Luna fechou a porta e foi direto ao ponto. — A marca apareceu. Allan me explicou, mas… algo mais aconteceu. Eu estava no quintal, sozinha… e algo despertou. Algo enorme.Mérida arregalou os olhos. — Você viu suas asas?— Sim. Não sei como descrever. Era como... se uma energia passasse por dentro de mim, uma luz viva. Meu corpo todo reagiu.— Isso é a primeira tra
A noite caía suavemente sobre a pequena cidade, tingindo os céus com tons de violeta profundo e prateado. Após a conversa intensa com Allan e Mérida, Luna decidiu voltar para casa. Sua mente estava agitada, repleta de dúvidas e perguntas que ainda não tinham respostas. Ela mal conseguia distinguir onde os sonhos acabavam e onde a realidade começava.No quarto, sentou-se diante do espelho, tentando encontrar alguma pista, qualquer sinal de que aquilo tudo não era loucura. E foi então que notou.Quando seu colar de quartzo escorregou para o lado, algo em sua clavícula chamou atenção.— O que é isso...? — sussurrou, puxando a blusa para o lado.Bem ali, na curva suave entre o ombro e o peito, uma marca dourada pulsava em sincronia com seu coração. Era um desenho estranho, como um símbolo antigo entrelaçado com uma lua crescente. Não estava ali no dia anterior. Tinha certeza disso.Assustada, pegou o celular e enviou uma mensagem para Allan:> Luna: Allan, tem algo... estranho na minha pe
O som do vento acariciava as cortinas do quarto de Luna naquela madrugada. A lua cheia iluminava o teto com um brilho prateado, mas algo naquela noite estava fora do normal. A temperatura caíra de repente, como se o próprio ar carregasse memórias esquecidas.Luna girou na cama, inquieta. Desde que Damien aparecera, algo dentro dela estava em constante alerta. Ele parecia gentil, educado, mas havia um eco escuro por trás de cada gesto seu. E agora... agora sua presença parecia se infiltrar até mesmo nos sonhos dela.Assim que adormeceu, Luna se viu em um campo de flores azuis sob um céu roxo. Um lugar irreal, bonito e assustador. Ao longe, uma figura feminina caminhava em sua direção.Ela usava um vestido longo, prateado como o luar. Os cabelos eram negros como a noite, mas os olhos... eram iguais aos de Luna.— Você finalmente está despertando — disse a mulher, com voz doce, mas carregada de dor. — Mas há mais vindo. E você precisa estar pronta.— Quem é você? — Luna perguntou, sua vo
A brisa da tarde soprava suavemente sobre o campus da escola, fazendo as árvores sussurrarem segredos antigos. Tudo parecia calmo, mas a atmosfera carregava algo... diferente. Invisível. Sombrio.No alto de um prédio abandonado nos arredores da cidade, um homem observava com olhos como carvão incandescente. A pele era pálida, quase translúcida. Os cabelos escuros caiam até os ombros, e suas vestes lembravam um guerreiro antigo, com detalhes em couro negro e símbolos esculpidos em prata escura.— Finalmente encontrei você, pequena Luna... — ele murmurou, com um sorriso torto que não alcançava os olhos. — A alma da Deusa voltou a florescer.Era Darius, o antigo general de trevas, servo fiel do Lorde que separara Luna e Allan há mil anos. Diferente de seu mestre, ele sobrevivera à queda do império das sombras e passara séculos escondido, enfraquecido, à espera do retorno da Prometida e do Alfa Supremo.E agora ela estava aqui. Viva. Vulnerável.Reencarnada e longe de suas memórias comple
A noite estava silenciosa, mas o sono de Luna era tudo, menos tranquilo. Ela se revirava na cama, o rosto franzido em angústia, mergulhada em um pesadelo tão vívido que parecia real. No sonho, corria por uma floresta escura, cercada por neblina e uivos que rasgavam o céu noturno. Seus pés descalços afundavam na lama, galhos arranhavam sua pele, mas ela não parava. Algo — ou alguém — a perseguia. De repente, um vulto surgiu diante dela: um homem alto, olhos vermelhos brilhando na escuridão, o peito nu coberto por runas antigas e um colar com um dente de lobo. — Você não pode fugir do seu destino, minha prometida — ele disse, com uma voz que ecoava dentro da própria alma dela. Luna tentou gritar, mas não saiu som. Sentiu seu corpo congelar, enquanto o homem avançava. Foi então que, no último segundo, outro vulto surgiu — desta vez de luz — com olhos dourados, cabelo escuro como a noite e aura protetora. Ele se colocou entre ela e o monstro, rosnando. — Afaste-se dela. O som daqu
Último capítulo