A noite estava silenciosa, mas o sono de Luna era tudo, menos tranquilo.
Ela se revirava na cama, o rosto franzido em angústia, mergulhada em um pesadelo tão vívido que parecia real.
No sonho, corria por uma floresta escura, cercada por neblina e uivos que rasgavam o céu noturno. Seus pés descalços afundavam na lama, galhos arranhavam sua pele, mas ela não parava. Algo — ou alguém — a perseguia.
De repente, um vulto surgiu diante dela: um homem alto, olhos vermelhos brilhando na escuridão, o peito nu coberto por runas antigas e um colar com um dente de lobo.
— Você não pode fugir do seu destino, minha prometida — ele disse, com uma voz que ecoava dentro da própria alma dela.
Luna tentou gritar, mas não saiu som. Sentiu seu corpo congelar, enquanto o homem avançava.
Foi então que, no último segundo, outro vulto surgiu — desta vez de luz — com olhos dourados, cabelo escuro como a noite e aura protetora. Ele se colocou entre ela e o monstro, rosnando.
— Afaste-se dela.
O som daqu