O amanhecer em Cedar Grove trouxe um clima pesado, como se algo invisível pairasse sobre a cidade. Luna, ainda confusa com as palavras de Allan, não conseguia se concentrar em nada. “Parte de mim é humana, mas outra parte… não.”
Essas palavras ecoavam em sua mente sem parar.
Ela se arrumou para a escola quase no automático, enquanto sua tia Helena tentava puxar assunto no café da manhã.
— Você está pálida, querida. Aconteceu alguma coisa na escola? — perguntou Helena, olhando para ela com preocupação.
— Nada demais — respondeu Luna, forçando um sorriso. — Só estou cansada.
Mas, por dentro, seu coração pulsava como se estivesse prestes a descobrir algo que poderia mudar sua vida.
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Naquela manhã, enquanto caminhava até o portão da escola com Samantha e Mario, Luna percebeu um homem parado do outro lado da rua. Ele usava uma jaqueta escura, jeans e um chapéu cobrindo parcialmente o rosto. Havia algo em seu olhar — frio, calculista — que fez Luna estremecer.
— Vocês conhecem aq