Short
Princesa Cativa

Princesa CativaPT

História Curta · Contos Curtos
Lilia  concluído
goodnovel4goodnovel
22Capítulos
19leituras
Ler
Adicionado
Resumo
Índice

Há três anos, eu droguei o herdeiro da máfia, Vincent. Depois daquela noite insana, ele não me matou. Em vez disso, me possuiu até que minhas pernas fraquejassem, agarrando minha cintura e sussurrando a mesma palavra repetidamente: — Principessa. Quando eu estava prestes a pedi-lo em casamento, o primeiro amor dele, Isabella, voltou. Para agradá-la, Vincent deixou que um carro me atropelasse, jogou as relíquias da minha mãe aos cães de rua e me mandou para a prisão... Mas, quando eu finalmente quebrei e voei para Boston para me casar com outro homem, Vincent destruiu toda Nova York para me encontrar.

Ler mais

Capítulo 1

Capítulo 1

Para o mundo, eu sou Sophia Romano, a princesa selvagem e radiante da família. Vincent é o herdeiro estoico e contido da máfia, a própria imagem do autocontrole.

Mas, todas as noites, ele segura minha cintura e me f*de até minhas pernas fraquejarem, sussurrando meu nome repetidas vezes:

— Principessa.

Ele só não sabe que, em duas semanas, eu vou me casar com outro.

Os lençóis ainda estavam úmidos com o calor que compartilhamos. Eu permaneci deitada, recuperando o fôlego, enquanto Vincent se levantava para se vestir.

Do meu lado da cama, observei seus dedos longos abotoarem a camisa com destreza.

— Não vai dormir aqui hoje? — Perguntei.

— Reunião de família. — Disse ele, sem se virar. — Comporte-se.

De novo isso.

Sentei-me, deixando o lençol escorregar até a cintura. As mãos de Vincent pararam por um instante antes que ele começasse a dar o nó na gravata.

— Vincent.

— Hmm?

— Nada.

Ele se virou, inclinou-se e pressionou um beijo na minha testa. — Estou indo.

No momento em que a porta se fechou com um clique, agarrei meu celular e disquei um número familiar.

— Pai, eu aceito a aliança de casamento. Em duas semanas, vou me casar com o herdeiro moribundo dos Sterling, em Boston. Mas tenho uma condição.

Do outro lado da linha, Don Romano soou eufórico:

— Ótimo! Diga qual é!

— Falaremos pessoalmente.

Desliguei, e meus olhos pousaram no celular que Vincent deixou no criado-mudo.

A tela se acendeu com uma nova mensagem.

De: Isabella

Vincent, obrigada por ter ido comigo ao hospital hoje. O médico disse que minha recuperação está indo muito bem, e é tudo graças a você. Eu adoraria ver um filme com você amanhã, como nos velhos tempos.

A mensagem veio acompanhada de um emoji de beijo.

Fitei a mensagem, com a ponta dos dedos tremendo.

Vincent nunca me levou ao hospital. Nem mesmo quando quebrei uma costela durante o treino.

Vesti-me e o segui discretamente de carro.

Ele estacionou diante de um restaurante italiano aconchegante na Mott Street. À distância, observei enquanto ele caminhava em direção a uma garota de vestido branco.

Isabella.

Ela era ainda mais magra do que parecia nas fotos. Vincent estendeu a mão, ajeitando uma mecha de cabelo desalinhada atrás da orelha dela.

Tocou-a como se fosse feita de porcelana, prestes a se quebrar a qualquer momento.

Nunca o vi parecer tão gentil... exceto quando estamos na cama.

Três anos atrás, meu pai me mandou para Vincent. A visão do rosto belo e frio dele fez meus joelhos fraquejarem.

— Sophia precisa de uma educação adequada sobre como nossa família opera. — Don Romano dissera a Vincent. — Ela é rebelde demais. Você é o único que pode lidar com ela.

Eu tinha dezenove anos na época, recém-saída do internato e transbordando rebeldia. Achei que Vincent fosse só mais um homem tentando me domar.

Então decidi que seria eu quem domaria ele primeiro.

Na primeira vez em que nos encontramos, usei uma minissaia no escritório dele só para provocá-lo. Vincent estava sentado atrás da mesa e sequer se deu ao trabalho de levantar os olhos.

— Feche as pernas, Sophia.

— Por quê?

— Porque do jeito que você está sentada, parece que a família Romano não tem classe.

Levantei ainda mais a saia, de propósito.

— E agora?

Vincent finalmente ergueu o olhar, os olhos frios por trás dos óculos de aro dourado.

— Saia.

Durante meses, fiz de tudo para tirá-lo do sério.

Escondi bilhetes provocantes nos arquivos dele, sabotei missões que me foram atribuídas e até coloquei laxante no uísque dele.

Vincent sempre limpava minha bagunça com uma calma irritante, e depois dizia, naquele tom condescendente:

— Sophia, você é uma garota inteligente. Precisa aplicar essa inteligência nas coisas certas.

Até que veio aquela noite.

Droguei a bebida dele, desesperada para ver como seria um Vincent sem seu autocontrole de ferro.

Só não esperava ainda estar no quarto quando o efeito da droga começou.

Vincent prendeu meus pulsos, a respiração pesada e irregular.

— O que você colocou na minha bebida?

— Você já adivinhou, não é? — Encarei o olhar em brasa dele. — Quer me testar?

Aquela noite mudou tudo.

Quando acordei na manhã seguinte, Vincent já estava vestido.

Achei que ele estaria furioso, que me mandaria de volta para o meu pai.

— Vincent, eu...

— Principessa. — Murmurou ele, acariciando minha bochecha. — Isso vai ser nosso segredo.

Principessa. Pequena princesa.

Foi essa palavra que me fez me entregar por completo.

Nos dois anos seguintes, mantivemos esse relacionamento estranho e clandestino.

Durante o dia, ele era o mesmo Vincent, racional e comedido.

Mas à noite, sussurrava “Principessa” no meu ouvido e me f*dia até minhas pernas cederem.

Achei que ele me amasse.

Até o dia do meu aniversário.

Passei o dia inteiro me preparando, vesti meu vestido mais bonito e reservei uma mesa no restaurante onde nos conhecemos pela primeira vez. Ia dizer a ele que o amava, que queria ficar com ele, não importava o preço.

Mas Vincent não apareceu.

Fiquei sozinha naquele restaurante por três horas, até que os garçons começaram a me olhar com pena.

No dia seguinte, fotos de Vincent recebendo outra mulher no aeroporto viralizaram.

Nas imagens, Isabella estava aninhada em seus braços, os dois íntimos como amantes.

Então era lá que ele tinha ido na noite anterior. Tinha ido buscá-la.

Dei uma risada amarga e bebi até não sentir mais nada. Queria confrontá-lo, exigir saber o que eu era para ele. Uma trepada casual? Uma ferramenta?

Mas não tive coragem.

Estava sozinha demais, viciada demais no calor que ele me oferecia.

Naquela noite, Vincent voltou para casa e encontrou um caos. Eu tinha usado uma garrafa de vinho para quebrar cada foto de Isabella no escritório dele.

Ele nem sequer reagiu. Apenas mandou a empregada limpar a bagunça e cuidar de mim, depois passou por mim como se eu não existisse.

Naquele momento, eu finalmente entendi. Vincent era o herdeiro da família intocável, frio e orgulhoso. Sua tolerância não era sinal de carinho. Ele simplesmente não se importava o bastante para discutir comigo.

Depois disso, ele ainda me chamava de Principessa na cama, como se nada tivesse mudado.

Mas meu coração já estava morto.

Do lado de fora do restaurante, Vincent abriu a porta do carro para Isabella. Eles riam de alguma coisa.

Desviei o olhar e voltei para a propriedade da família Romano.

Na sala de estar, Don Romano e minha madrasta, Maria, assistiam TV. Quando entrei, meu pai desligou o aparelho.

— Muito bem, qual é a sua condição?

Sentei no sofá em frente a eles.

— Quero que me deserde.

A expressão de Don Romano congelou.

— O que você disse?

Maria, sentada ao lado dele, praticamente iluminou.

— Eu disse que vou me casar com o herdeiro moribundo da família Sterling. Em troca, cortamos todos os laços. A partir de agora, não sou mais uma Romano. Pode receber sua amante e a filha bastarda nesta casa de braços abertos. No dia em que você forjou o acidente de carro que matou a minha mãe, deixei de te considerar meu pai!

O rosto de Don Romano ficou lívido.

— Já te disse, aquele acidente foi uma fatalidade!

Encarei o olhar dele e soltei um sorriso debochado.

— Acidente ou não, ela morreu a caminho de flagrar você traindo com a Maria. Pai, vamos parar de fingir que somos uma família feliz. Você está tentando me vender para os Sterling há cinco meses. Não é só para que sua preciosa amante finalmente possa se casar e sua filha bastarda finalmente assuma o sobrenome Romano?

Don Romano se levantou num salto.

— Sophia, você quer ser deserdada? Ótimo! A partir de amanhã, você não é mais minha filha!

— Feito. — Virei-me, subindo as escadas sem olhar para trás. — Ah, e não esquece de avisar a família Sterling. A noiva deles não é mais a filha mais velha da família Romano, mas uma órfã sem pai nem mãe. Pergunta se eles ainda estão dispostos a pagar o mesmo preço.

De volta ao meu quarto, fechei a porta e a máscara que eu usava enfim desmoronou.

As lágrimas escorriam pelo meu rosto. Encolhi-me na cama, como um animal ferido lambendo as próprias feridas.

Sabe, Vincent? Para conseguir te deixar, precisei abrir mão da única coisa que ainda me restava.

Na manhã seguinte, ouvi barulhos de móveis sendo arrastados no andar de baixo.

Levantei-me e fui até o topo da escada.

Uma silhueta familiar estava parada lá embaixo.

Isabella.

Meu sangue gelou.
Mais
Próximo Capítulo
Baixar

Último capítulo

Mais Capítulos

Você também vai gostar de

Último capítulo

Não há comentários
22 chapters
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App