Vincent precisou voltar a Nova York para cuidar dos negócios da família Marcelli. No terceiro dia de sua ausência, Sophia estava diante das portas de vidro da villa na ilha, observando o último raio de sol desaparecer no horizonte.
Uma empregada entrou em silêncio.
— Madame, por favor, beba um pouco de leite.
Sophia não se moveu.
— Quando ele vai voltar?
— O Sr. Vincent disse que estaria de volta assim que...
— BANG!
O copo atingiu a parede e se estilhaçou.
— Eu não sou a sua madame. — Sophia cuspiu as palavras, com desprezo. — Saia daqui.
A empregada, apavorada, correu para fora. Sophia se abaixou e pegou o caco mais afiado de vidro.
No mesmo instante, na sede dos Marcelli em Nova York, Vincent estava sentado à cabeceira da mesa de reuniões, acariciando o celular com o polegar. Na tela, uma imagem da câmera de vigilância: Sophia na praia, olhando o horizonte. A silhueta dela parecia tão frágil que o vento do mar poderia levá-la.
— Chefe? Sobre esse negócio de armas...
— Adie.