— Quem é você de verdade, Villano?
Ele parou por um breve instante. Seu rosto próximo ao dela, os olhos cerrados, o toque dos lábios quase roçando sua pele. — Eu sou um mafioso, Ura... — sussurrou em seu ouvido, com um sorriso torto nos lábios. — O mais perigoso que você já conheceu. Ela mordeu o lábio inferior, sem recuar, e então sussurrou de volta: — E mesmo assim… aqui estou eu. Ele a encarou com mais intensidade do que nunca. Ali, na batida da música, na dança das luzes, naquela confissão velada entre a morte e a vida, nascia algo que ele não conseguia mais controlar. O olhar entre eles dizia mais que qualquer palavra. Era como se o tempo desacelerasse, como se o som da música ficasse em segundo plano. No meio da boate, entre luzes estroboscópicas, corpos dançando e o cheiro de álcool e perfume no ar, Villano se inclinou lentamente. Seus olhos estavam cr