Na quietude que seguiu, o mundo pareceu desacelerar ao redor deles. O quarto escuro guardava os vestígios da noite anterior: roupas largadas com pressa, travesseiros amassados, e o perfume de ambos misturado no ar.
Villano permaneceu acordado por algum tempo, observando o rosto de Ura adormecida, ainda com os cílios tocando suavemente a pele. Ele nunca tinha permitido alguém tão perto. Não apenas do seu corpo, mas do que restava do seu coração. Havia algo diferente nele agora. Um aperto no peito, que não era dor… Era vulnerabilidade. Era paz, e isso, para ele, era tão novo quanto assustador. Com um leve toque, deslizou os dedos pelas costas dela, sentindo sua respiração calma. Pela primeira vez em anos, Villano Marchesi se sentia em paz. A manhã seguinte chegou com os raios do sol filtrando pelas cortinas de linho. O canto distante de pássaros russos ecoava do jardim. Ura abriu os olhos lentamente, sentindo um calor familiar ao seu lado. Quando olho