Silêncio absoluto. O salão principal está às escuras, iluminado apenas pelas luzes externas filtradas pelas janelas altas.
Dante está sentado no sofá, sozinho, com uma garrafa de uísque quase vazia. O casaco abandonado no chão. A gravata solta. O olhar fixo em nada.
Flash rápido de lembranças:
Unirian rindo na cozinha enquanto Villano corre entre seus pés.
Villano dizendo “papai” pela primeira vez.
-Os olhos dela, cheios de lágrimas, na última vez que o encarou no hospital.
Petrov entra em silêncio. Observa de longe.
— Quer que eu revise o relatório de segurança da fronteira leste?
Dante sem olhar.
— Não me importo.
Que deixem tudo ruir.
Não faz diferença.
Petrov aproxima-se um pouco
— Ainda não há sinal dela.
Dante fecha os olhos por um segundo, depois sussurra.
— Ela não quer ser encontrada.
E pela primeira vez…eu entendo por quê.
No quarto de Villano, vazio.
Dante entra lentamente, sem acender a luz.
Senta-se na beirada da cama do filho.
Pega um dos brinque