O quarto é amplo, discreto, com vista para o mar.
Luzes baixas. No ambiente, o clima ainda é de contenção — um lugar de espera e estratégia.
Dante está sentado em frente a uma mesa, encarando o desenho de Villano que recebeu — o mesmo em que o menino desenhou ele, Unirian e a si próprio.
Petrov entra, observando-o em silêncio por alguns instantes.
— Ele reconheceu você…
Como se sempre soubesse.
Dante sem tirar as lembrança dos pensamentos.
— Ele me chamou de "papai".
Sem perguntas, sem dúvidas.
Só… certeza.
Petrov se aproxima, encosta no batente da janela e cruza os braços.
— E depois guardou segredo da mãe.
Um garoto de dois anos.
Você tem noção da cabeça que esse menino tem?
Dante sorriu com orgulho contido.
— Um Marchesi…
Com coração, com coragem…E com lealdade.
— Já vi homens adultos falharem em manter um segredo desses.
Ele não hesitou, não tropeçou.
Falou como quem entende o jogo — mesmo sem saber que é um jogo.
— Ele não só entendeu.
Ele confiou. E isso vale ma