O motor rugiu assim que Natasha ligou, e o som preencheu meus ouvidos com uma adrenalina que eu não sabia se era medo ou excitação. Quando estávamos prestes a sair pelo portão principal da mansão, um dos seguranças levantou a mão. Estava armado, como todos os outros. O uniforme preto, o olhar frio.
— Vocês têm permissão pra sair?
Natasha abaixou o vidro, sem perder o charme. Ela olha para cima, corajosamente encontrando meus olhos
— Claro que temos. Pode até perguntar pro Luka. — Há uma calma bizarra na sua voz.
Meu coração parou por dois segundos. E se ele ligasse? E se o Luka atendesse? E se tudo acabasse ali?
Mas Natasha era boa. Boa demais. O guarda hesitou, mas acabou assentindo e nos liberou. Passamos pelo portão e, só quando ele se fechou atrás de nós, eu voltei a respirar direito.
— Você não tem permissão pra sair, tem? — perguntei, ainda em choque, enquanto ela acelerava na avenida.
Ela me olhou de soslaio, com um sorrisinho irônico no canto da boca.
— Claro que nã