Cambaleio pelo corredor mal iluminado, me segurando nas paredes sem poder ver direito. Meu coração bate tão forte que sequer respiro e tudo bem, porque cada inspiração que tento dar a cada passo desencadeia uma onda latejante na coxa. Sinto o sangue escorrer pelo meio da perna, impregnar a meia-calça, grudando-a na pele.
Esbarro em algo duro, porém macio. Minha têmpora também lateja e dedos fortes se fecham ao redor dos meus braços.
— Aí! - Reclamo, tentando me livrar do aperto desesperador. E se um daqueles caras da mesa decidiu voltar e fazer de mim o que bem entender? Não. Eles não tem esse perfume. Ergo a cabeça, me deparando com aquelas íris castanhas, um mar revolto de preocupação e raiva. Ele está com raiva de mim.
— Porra, Cecy, quando eu te ligar, você me atende, entendeu?! - Matteo dispara, furioso, arrastando-me para o salão do carteado.
Deixo que me leve. Que me arraste pelo braço como uma boneca em pedaços pelo lugar revirado. Tudo que sou capaz de ver com a iluminação po