Capítulo 88 – Sangue, Promessas e Vingança.
Ponto de vista de Máximo Bianchi
Os meses passaram como facas cortando um dia de cada vez.
Cada ciclo da quimioterapia da minha mãe era uma contagem regressiva invisível no coração de todos nós. Rafaella Bianchi — minha mãe — continuava com aquele sorriso doce nos lábios, mesmo quando as veias doíam e os enjoos vinham como ondas impiedosas. Ela fingia força para nos tranquilizar, mas nós sabíamos… o tempo cobrava um preço. Os cabelos de mamãe milagrosamente não caíram… talvez fosse um presente diretamente de Deus. Acho que se ela tivesse perdido esse ponto tão importante de sua vaidade, ela se perderia um pouco no processo.
A doença deixou de ser apenas um diagnóstico médico e passou a ser um hóspede silencioso dentro da nossa casa. Ela estava ali, esgueirando-se pelos corredores, pairando sobre cada conversa, cada gesto, cada olhar. A qualquer momento, poderia querer levar alguém com ela. Mas não a minha mãe. Não aquela mulher. Não agora.
O resultado da compatibilidade de medula óss