Pontos de vista de Máximo Bianchi

O dia amanheceu pesado. Um daqueles em que a luz do sol não tinha coragem de atravessar a janela. A guerra ainda estava ali, assombrando cada esquina da nossa existência. Mas hoje… hoje era o aniversário do meu filho. E por mais que o mundo estivesse ruindo aos poucos, eu não permitiria que Lucas sentisse isso.

Ele estava crescendo em meio ao caos, sim. Mas merecia sentir que era amado. Que era desejado. Que, apesar de tudo, sua chegada tinha trazido luz para a nossa família.

Vi Serena parada na porta do quarto, com os olhos fixos no berço. O cabelo solto caía em ondas sobre os ombros, e havia algo diferente no seu olhar. Nostalgia? Preocupação? Talvez os dois.

Me aproximei por trás e passei os braços ao redor da cintura dela.

— Nosso bebê fez um ano, amor. — murmurei.

— Nosso bebê… — ela repetiu, com a voz baixa, e virou o rosto para mim. — Máximo, às vezes eu fico pensando se ele vai crescer assim… com essa guerra à volta dele. Com sangue nos muro