Ponto de vista de Máximo Bianchi

Chegamos em casa com o sangue pulsando nas veias.

A explosão ainda ecoava dentro de mim, mas era a vontade de proteger os meus que me movia, que mantinha meu coração no lugar. Ao entrar na Villa, meus olhos buscaram instintivamente por ela.

Serena vinha apressada do corredor com Lucas no colo. Meu filho sorria, como se todo o mundo estivesse em paz. Serena, no entanto, leu meu semblante com um só olhar.

— Máx? — ela murmurou, preocupada.

Abracei os dois num gesto rápido e protetor, beijei os lábios dela com firmeza, como se aquele toque fosse uma âncora.

— Depois a gente conversa, amore mio — sussurrei. — Agora preciso resolver umas coisas.

Ela apenas assentiu, mesmo inquieta. Me conhecia bem o suficiente para saber que o olhar que eu carregava não era só de um homem furioso, mas de um filho desesperado.

Entrei no escritório e Enrico e Paolo já estavam lá.

Enrico estava puto. Mas não era uma raiva qualquer. Era aquela fúria que fervia de dentro pra for