Ponto de Vista de Máximo

O cheiro de pão saindo do forno, vinho recém-aberto e molho de tomate fresco se espalhava pela casa, se misturando às vozes da minha família que se acomodava ao redor da mesa de jantar. Era engraçado como, mesmo com toda a tensão no ar, aquele ambiente exalava aconchego... exalava lar.

No centro da sala, Rocco estava aninhado no colo da minha mulher, Serena. A cabecinha dele repousava contra o peito dela, e seus pequenos dedos seguravam, com força, o tecido do vestido dela, como se aquele fosse o lugar mais seguro do mundo — e, honestamente, talvez fosse mesmo.

Eu observava, cruzando os braços, apoiado na quina da mesa, sem conseguir — e nem querer — disfarçar o sorriso no rosto. Aquele moleque tinha um espaço no meu peito que eu nem sabia que existia. E a cena da minha mulher, grávida, segurando ele daquele jeito, fazia meu coração bater diferente.

O olhar de Serena encontrou o meu. Bastou. Sem precisar de palavras, eu entendi: se meu tio não tomasse uma