O vento soprou forte, arrastando folhas pelo chão da floresta e agitando os galhos das árvores como se um animal imenso tivesse passado por entre elas, invisível. Cada galho estalava sob a força do ar, e o som ecoava pelo bosque como um sussurro antigo, quase humano. Marina apertou o braço, sentindo a marca negra pulsar em sua pele. Não era apenas dor — era como se cada traço vibrasse no mesmo ritmo de seu coração, chamando-a para algo que ela não conhecia… mas que, de alguma forma, já fazia parte dela. Um chamado antigo, profundo, que não podia ser ignorado.
— Marina!
A voz de Kieran ecoou à distância, carregada de urgência e intensidade. Seu tom parecia atravessar cada árvore, cada folha, cada raiz, penetrando direto em sua mente.
Ela se virou e o viu avançando entre as árvores, rápido, quase correndo. O corpo dele parecia se mover com uma graça predatória, cada passo calculado, mas ao mesmo tempo urgente. Os olhos dourados brilharam intensamente quando notou a marca em seu bra