Os olhos brilhavam no escuro. Fixos nela. Imóveis.
Marina não sabia dizer se eram dourados ou âmbar — a luz da lua se refletia neles como se escondesse algo vivo, profundo e antigo.
A marca no braço latejou forte, enviando ondas de calor pelo corpo. Ela não sentia medo... pelo menos, não o medo que deveria sentir. Era outra coisa. Uma mistura de reconhecimento e perigo.
A criatura moveu-se. Não para frente, mas para cima, desaparecendo entre os galhos. Nenhum som de folhas quebradas, nenhum galho se partindo. Apenas silêncio.
— Marina! — A voz de Kieran rompeu a imobilidade, urgente.
Ela se virou e o viu vindo pela clareira, os olhos quase totalmente dourados, os músculos tensos como cordas esticadas.
— O que viu? — perguntou ele, o tom mais de um alfa em alerta do que de um homem.
— Olhos. — Ela ainda sentia a pulsação da marca. — E... eles me conheciam.
Kieran a segurou pelos ombros, o toque firme, quase possessivo.
— Você não pode sair assim sozinha. Não agora.
— Eu não