Os olhos brilhavam no escuro. Fixos nela. Imóveis. Não piscavam, não tremiam. Apenas a encaravam de uma maneira que fez sua espinha gelar. Marina não sabia dizer se eram vermelhos ou magenta — a luz da lua oscilava sobre eles, refletindo um brilho metálico e selvagem, como se escondesse algo perigoso. Sua respiração falhou por um segundo, e o braço latejou.
A marca.
O traço negro queimou contra a pele, como se um ferro em brasa tivesse sido pressionado ali. Ondas de calor subiram pelo seu corpo, dominando-a. Não era apenas dor, mas um chamado. Um som inaudível ecoava em sua mente, insistente. Medo. Um medo antigo, primitivo, que parecia sussurrar que aquilo diante dela era capaz de destruir o mundo que ela estava tentando construir com tanto esforço — o mundo onde Kieran existia, onde ela se sentia pertencente.
A criatura se moveu. Não para frente, como esperava, mas para cima. Deslizou pelos galhos como uma sombra viva. O estalar de folhas e o quebrar de um galho ecoaram, e depois