Depois de tanto esperar, Marina finalmente havia se rendido à exaustão e voltado para a cama. Espera por Kieran foi em vão; não havia sinal de que ele retornaria tão cedo. A cabana parecia maior e mais silenciosa do que nunca, como se o mundo tivesse recuado, deixando-a só com seus pensamentos e os ecos do julgamento que ainda reverberavam em sua mente.
O amanhecer chegou tingido de cinza, com as nuvens carregando o peso de segredos e presságios invisíveis. Marina acordou com o coração acelerado, a respiração curta e uma fina camada de suor colando os fios de cabelo à sua testa. O calor da cama não oferecia mais conforto — só lembrava da ausência dele. Cada músculo do corpo parecia lembrar da tensão do teste, da pressão invisível da alcateia, e do toque firme de Kieran, que ainda queimava em sua memória.
A imagem da árvore morta e dela presa a ela latejava em sua mente, nítida, dolorosa e estranhamente vívida. Os lobos ao redor, com os olhos negros como carvão, a observando como se