Ainda sentado na lojinha, percebi que meu estômago roncou alto, lembrando que eu não comia nada desde cedo. Uma pontada de fome misturada à ansiedade me fez suspirar.
— Com licença… — comecei, me dirigindo à moça do caixa de novo. — Você sabe onde eu poderia encontrar algum lugar para comprar comida por aqui?
Ela sorriu de novo, aquele mesmo sorriso esperando algum avanço da minha parte — Claro! Tem uma mercearia a duas ruas daqui, bem simples, mas tem de tudo. — Ela apontou na direção certa. — Não tem como errar.
— Obrigado — disse, e peguei o dinheiro da carteira para pagar a conta. — Ah, e aqui está pelo carregador também, claro.
Ela sorriu de novo, satisfeita. — Não precisava… mas obrigada. — Peguei o troco e saí apressado, sentindo o corpo fraco pela fome e pelo cansaço das últimas horas.
Quando cheguei à pequena mercearia, meus olhos se encheram de coisas simples, mas vitais. Peguei pães, frios, frutas, alguns enlatados, leite, manteiga, suco, comprei tudo que podia e principalm