Depois de um tempo na varanda, decidimos continuar dentro da cabana. Eu carregava mais sacolas cheias de roupas e lençóis, e Isabela, sempre sorrindo, me ajudava a abrir cada pacote.
— Você comprou isso tudo sozinho? — perguntou, pegando uma manta e esticando sobre a cama que estava coberta de poeira.
— Sim… e um pouco da sua paciência também vai ser necessária — respondi, rindo, enquanto colocava travesseiros limpos sobre o sofá. — Mas olha, vale a pena. Esse lugar merece.
Ela riu, e eu percebi que cada gesto dela, cada sorriso, tornava o ambiente mais leve. Começamos pelo quarto principal, o meu quarto de criança, onde minha mãe e eu passávamos muitas tardes juntos.
— Vamos precisar de muita coragem pra tirar tudo isso do lugar — disse ela, pegando uma camiseta minha e balançando a cabeça. — Ainda bem que você me trouxe pra isso.
— Pra isso e pra tudo mais — retruquei, sorrindo. — E, claro, pra dançar no meio da bagunça.
Ela me lançou um olhar divertido. — Você não cansa de ser bobo