Ele sorriu de novo, como quem entende mais do que demonstra. Tirou do bolso interno do terno um cartão branco, simples, com letras douradas em relevo: Marco Bellini — Associati.
— Caso precise de algo, Dante, qualquer coisa… me procure. Você é sangue do seu pai, isso basta.
Peguei o cartão, senti o peso invisível dele nas minhas mãos, e guardei no bolso como se fosse um pedaço de chumbo.
— Obrigado, senhor Bellini.
— Arrivederci, ragazzo — disse ele, piscando discretamente, antes de se virar e sair como se o mundo fosse dele.
Fiquei parado por alguns segundos, respirando fundo, tentando absorver aquilo. A caixa pigarreou, trazendo-me de volta. Peguei as compras, carreguei tudo até o carro e joguei as sacolas no porta-malas. Mas mesmo depois de fechar a tampa, minha mente ainda estava presa naquela conversa.
Ainda estava meio em choque com o que acabará de acontecer, mas segui. Parti para a próxima missão: roupas. A loja de roupas não era luxuosa, mas tinha tudo o que eu precisava.
Com