Quando Isabela se aproximou e se acomodou ao meu lado, tudo ao redor pareceu ganhar um significado diferente. Peguei a garrafa de vinho e servi duas taças. Entreguei uma a ela, deixando que nossos dedos se tocassem por um instante mais longo do que o necessário.
— A camisola ficou linda em você — falei baixo, quase como uma confissão.
Ela corou levemente, desviando o olhar para as chamas, mas o sorriso tímido que surgiu nos lábios entregava que minhas palavras tinham a alcançado.
— E a fogueira... está do jeito que você queria? — perguntei, curioso para saber se eu tinha conseguido acertar nos detalhes.
Ela assentiu, olhando fixamente para as labaredas.
— Sim... sempre foi um sonho meu. Fazer uma fogueira assim, sabe? Sentar perto, conversar, assar uns marshmallows... parecia coisa de filme.
Sorri com a sinceridade dela e ergui minha taça.
— Bom, marshmallows eu não trouxe, mas prometo que na próxima a gente faz isso do jeito certo. — dei uma piscada, tentando arrancar um riso dela.
E