Começamos a arrumar as coisas, e logo percebi que trabalhar juntos tornava tudo mais leve. Peguei os lençóis e cobertas que havia comprado e comecei a organizar na sala. Ela se inclinou para me ajudar a desdobrar uma manta, e nossos braços se tocaram várias vezes. Cada toque fazia meu coração disparar, mas eu sorri, permitindo que aquela sensação se espalhasse.
— Você está vendo isso? — disse, segurando uma das cadeiras quebradas que ainda resistiam à poeira. — Vai demorar, mas vamos conseguir deixar isso minimamente decente hoje.
— Eu adoro ver você animado assim — respondeu ela, limpando a poeira de uma poltrona antiga. — Parece que você realmente gosta deste lugar.
— Eu gosto. Muito. — Confessei, deixando escapar um sorriso bobo. — Aqui… aqui tem memórias que ninguém mais pode tocar. Minha mãe… ela amava cada canto desta casa.
Ela se aproximou, apoiando a mão na minha cintura. — Então vamos fazer valer a pena.
De repente, uma música começou a tocar de algum lugar da minha memória —