Aquela noite parecia não ter fim.
O vídeo ainda queimava na tela do celular, congelado no rosto inchado do segurança, a voz venenosa de Olga ecoando como uma maldição.
Rafael largou o aparelho sobre a mesa com tanta força que pensei que o vidro fosse estourar.
Ele caminhava de um lado para o outro, os punhos cerrados, os músculos tensos como se estivessem prestes a explodir.
— É uma declaração de guerra aberta — disse, a voz grave, contida, mas vibrando de fúria. — Ela não está mais jogando com documentos forjados, com fofocas. Agora é sangue.
Eu sentia meu corpo tremer, mas não de medo. De raiva.
— E você acha que ela vai parar por aí? — perguntei, cruzando os braços. — Esse vídeo não foi um aviso. Foi uma promessa.
Ele se virou para mim.
— E é por isso que amanhã nós contra-atacamos.
Na manhã seguinte, reunimo-nos novamente no bunker dos Santos.
O ar estava pesado, como se até as paredes soubessem que o próximo passo seria decisivo.
A matriarca, com sua calma de ferro, abriu a reuni