O salão principal do Grupo Santos estava iluminado como um palco.Câmeras, jornalistas, investidores — todos reunidos para testemunhar a assinatura do contrato que mudaria meu destino.Eu estava de vestido preto, justo, simples, mas que fazia cada olhar se prender em mim. Ao meu lado, Zain. De terno escuro, impecável, com aquele ar de homem que não pedia permissão para existir.O burburinho era ensurdecedor. Todos comentavam a parceria histórica entre o Grupo Ayra e o Grupo Santos.Mas eu sabia: metade deles torcia pela minha queda.Ana estava entre eles. De vermelho, como se quisesse gritar “olhem pra mim”, ela sorria com aquele veneno que só eu conhecia. Marcelo a acompanhava, pálido, o corpo presente, mas a alma distante.— Joana Ayra. — A matriarca levantou-se, voz firme, dominando a sala. — É um prazer anunciar que hoje celebramos a união entre nossas empresas.Palmas ecoaram enquanto o meu coração batia rápido.A caneta dourada repousava sobre o contrato à minha frente. Bastava
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