Trono de couro, voz de veneno

O silêncio seguinte foi espesso. O ar entre eles parecia ferver.

Firmino se manteve imóvel, embora seus olhos saltassem de um para o outro como se aguardasse o primeiro sinal de explosão.

Dante inclinou levemente a cabeça, como se apreciasse o insulto.

— Que bom que pensa assim. Vai facilitar as coisas quando eu te derrubar... sem precisar tirar a máscara.

Alejandro sorriu. Mas era um sorriso sem alegria, cheio de veneno e promessas não ditas.

— Tenta.

Dante arqueou uma sobrancelha sob a máscara negra, analisando cada detalhe da figura à sua frente como quem avalia uma peça de decoração exótica — e decididamente cafona.

O terno azul-marinho, justo demais nos ombros largos. O topete perfeitamente engessado com gel, digno de uma propaganda de anos 80. E os sapatos… reluzentes, pretensiosos, brilhando como espelhos de vaidade.

“Deus me livre.”

— Alejandro Vasquez, mi querido — disse Dante, numa entonação carregada de doçura falsa, o sarcasmo escorrendo por cada sílaba como mel azedo.

Com
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo

Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App