O motor da moto ronronava suavemente sob o corpo de Firmino, que mantinha uma distância segura, mas constante, do carro preto que conduzia Alejandro. A noite estava densa, iluminada apenas por postes espaçados e pela luz pálida da lua que se infiltrava entre as nuvens pesadas. Firmino vestia uma jaqueta de couro surrada e mantinha o rosto parcialmente coberto por um lenço, os olhos fixos no objetivo. Ele sabia que Alejandro era esperto, mas naquela noite, o mexicano parecia subestimar qualquer possibilidade de ser seguido.
Após quase quarenta minutos de uma rota sinuosa e cheia de desvios, Alejandro entrou por uma estrada de terra, ladeada por galhos secos e escombros de construções abandonadas. Firmino estacionou a moto a certa distância e seguiu a pé, mantendo-se entre as sombras. O galpão que surgiu diante dele parecia esquecido pelo tempo. As paredes de concreto rachado estavam cobertas de pichações antigas, e uma das portas de metal estava escorada por correntes grossas e um cade