O carro preto cruzou os portões de ferro como um fantasma na escuridão. As rodas deslizaram suavemente pela estrada de paralelepípedos até parar diante da escadaria principal da mansão.
Dante saiu primeiro. A máscara ainda cobria seu rosto, ocultando qualquer expressão. Dimitri desceu logo atrás, segurando a pasta com o acordo recém-assinado. Um dos homens da segurança se aproximou para receber o documento, e Dante fez um leve aceno de cabeça, autorizando-o a guardar com segurança nos cofres do escritório.
Dante atravessou o hall principal em silêncio, ignorando os olhares curiosos dos empregados, os vestígios da movimentação intensa do dia anterior ainda espalhados pelo chão de mármore. Subiu as escadas devagar, como se cada degrau o aproximasse não apenas do quarto — mas de uma nova vida.
A maçaneta girou devagar. Dante entrou.
A luz do abajur ao lado da cama estava acesa, bem fraca, criando uma penumbra quente no ambiente. No centro da cama, Elena dormia profundamente, vestida com