Como em todas as manhãs, Mag subiu as escadas da ala leste da mansão, equilibrando com elegância a bandeja de prata que carregava o café da manhã do Dom. Seus passos eram leves e certeiros — fruto de anos de prática silenciosa — e o aroma do café fresco misturado ao perfume suave de jasmim que pairava no corredor criava uma atmosfera quase ritualística.
Ao alcançar o último degrau, empurrou a maçaneta de bronze com a familiaridade de quem já pertencia àquele espaço há muito tempo. A porta rangeu levemente, como se protestasse contra a quebra da rotina. Mag entrou no quarto com a mesma postura elegante de sempre, os olhos perdidos entre o horizonte do mar e o colorido sereno do jardim de peônias logo abaixo da janela.
Mas naquele dia, algo estava errado.
O quarto parecia o mesmo — o aroma amadeirado de sândalo e couro, as cortinas pesadas dançando preguiçosamente com a brisa que vinha do mar — e, ainda assim, um calafrio percorreu a espinha de Mag. Ele não estava ali, em pé em frente a