Mag irrompeu no quarto como um raio em noite de tempestade, os cabelos desgrenhados dançando ao redor do rosto e os olhos arregalados varrendo a cena como faróis em busca de sobreviventes. O ambiente, antes silencioso e sombrio, agora exalava um cheiro denso de sangue, suor e tensão — um coquetel metálico que quase a fez engasgar.
O caos parecia ter congelado no tempo.
Os homens mascarados já haviam cercado Dante, como predadores cautelosos ao redor de uma fera ferida. Ela não precisou dar um passo sequer para sentir o impacto daquela visão: o Dom — seu Dom — estava de pé, mas seu corpo denunciava a violência que sofrera. O lábio inferior inchado, uma linha fina e escura de sangue escorrendo pelo queixo até o peito nu. Ainda assim, ele mantinha a postura imponente, como se sangrar fosse apenas um detalhe incômodo no meio da manhã caótica.
Seus olhos, negros e profundos como o oceano em fúria, estavam cravados em um dos soldados — um rapaz jovem, talvez novo demais para carregar tanta