Capítulo 162

O salto direito estava jogado perto da porta, o esquerdo no meio da sala, tombado como se tivesse sido chutado. Bianca entrou e largou a bolsa em cima do sofá de couro branco. O barulho seco ecoou no apartamento vazio.

Ainda ouvia dentro da cabeça a frase dele, repetindo como uma agulha arranhando vinil: “Você precisa parar de me usar como escudo. Não há futuro para nós.”

Escudo. Futuro. Como se ela tivesse armado uma guerra que nem sabia lutar.

Sabia que ela era uma péssima ideia ter dito aquela última conversa com ele. Ele não conseguia mesmo ver o seu esforço ao fingir que era uma pessoa tranquila e liberal. Por que diabos dizia que ela estava o prendendo?

Não estava! Ela só queria ele. Mantê-lo perto. Longe das garras daquela maldita mulher que entrou na casa dele com pretexto para cuidar de Emma.

Bianca não iria cair nessa.

Abriu a geladeira. Sobras de comida chinesa numa caixa de isopor, uma garrafa de vinho aberta há dias, duas maçãs esquecidas no fundo da gaveta. Pegou a garra
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