Capítulo 196

O dia do parto chegou.

Ayla já não sabia distinguir o que era dor física e o que era medo. O frio da sala de cirurgia misturava-se ao suor que escorria por sua testa, colando os cabelos à pele. O teto branco, com suas lâmpadas fortes, parecia distante, quase cruel. O cheiro de antisséptico invadia tudo, e cada vez que uma nova contração vinha, ela pensava que talvez não fosse aguentar.

Juan estava ali, paramentado, máscara cobrindo metade do rosto, mas os olhos… os olhos estavam vermelhos, tensos, e não paravam de procurar os dela.

— Eu tô aqui, Ayla, eu tô aqui — repetia, como se fosse um mantra.

Mas nem sempre conseguia controlar a voz, que falhava. Ele não era de chorar, mas naquele momento não sabia o que fazer com a angústia que pesava no peito.

O médico falava com calma, embora a pressa estivesse escondida na forma como suas mãos se moviam.

— Precisamos acelerar. A pressão dela caiu, a gente tem que agir rápido.

Ayla ouviu fragmentos. A anestesia deixava seu corpo meio fora de s
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