Passei o fim de semana inteiro afogada nas minhas próprias lágrimas, ignorando qualquer ligação do mundo lá fora. Mas, quando a segunda-feira chegou, percebi que chorar não ia pagar aluguel nem me dar um emprego. Acordei cedo, fiz o checkout do hotel e fui atrás de uma casa para alugar. Ingênua. Ninguém me avisou que, em cidade grande, até respirar custa caro. — Me desculpa, só pra confirmar… — tento, incrédula. — Esse valor aqui é mensal, mas pra fechar, preciso pagar mais três meses adiantados? — Isso. Aceita ou sai. Tem gente na fila. — o síndico responde, sem nem fingir empatia. Engoli o nó na garganta. Não tinha opção. — Tá… tudo bem. Hoje à noite eu trago. — Largo minha mala no meio do apartamento vazio, fingindo que era meu. Saí dali sem saber como. A única esperança era aquela entrevista que consegui. E, sim, eu sabia que era surreal, ridículo, quase cômico… mas meu plano era simples: convencer eles a me pagar três meses adiantados no primeiro dia. Talvez eles rissem da
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