O sábado começou abafado, como se o próprio céu estivesse inquieto, prestes a desabar em tempestade. Na cozinha da mansão, o barulho era constante: talheres batendo, panelas arrastadas, gente indo e vindo com caixas de flores, toalhas, garrafas de vinho. O ar cheirava a pão de queijo recém-saído do forno, misturado ao perfume doce das rosas que uma vizinha trouxera de presente. O som das vozes se misturava ao riso das crianças correndo pelos corredores, enquanto o bebê, embalado por Andrea, dormia tranquilo no carrinho.
Ayla estava no quarto, diante do espelho, sentada numa cadeira baixa. O vestido pendurado na porta balançava levemente com a brisa que entrava da janela aberta. Não era um vestido de noiva tradicional, daqueles cheios de rendas e caudas enormes. Era simples, de tecido leve, quase bege, com bordados discretos na cintura. Ela havia escolhido assim porque não queria parecer outra pessoa, não queria se esconder atrás de nada. O bebê dormia no berço ao lado, a respiração cu