A porta bateu com força. O estrondo ressoou por toda a casa, como um trovão. O impacto fez um quadro na parede balançar, e Amanda levou a mão ao peito, assustada, o coração acelerado. Juan estava no centro da sala, os olhos em chamas, os ombros tensos como cordas prestes a arrebentar, o maxilar trincado de tanta raiva contida.
— Agora você vai me dizer, Alison! — ele rugiu, a voz cortando o ar como uma lâmina. — Quem é o pai da Emma?
Alison o encarou como uma víbora encurralada. Não havia medo em seu olhar — apenas algo mais sombrio, mais ácido. Os olhos brilharam, não de arrependimento, mas de raiva pura, vingativa. Um tipo de fúria que só quem foi desprezado conhece.
Ela não respondeu de imediato. Caminhou devagar até a poltrona mais próxima, como se tivesse todo o tempo do mundo. Sentou-se com uma elegância ameaçadora, cruzando as pernas com a calma de quem segura uma bomba nas mãos e decide exatamente quando detoná-la.
— Você quer mesmo saber, Juan? — ela sibilou, com a voz baixa,