Lilian Stewart é uma delegada importante e obcecada pelo emprego e a missão de prender Tristan Bennett, um dos maiores criminosos procurados por todo mundo, a razão de ter se tornando uma delegada, seu ex-namorado e o pai da sua filha. Tristan Bennet sempre nutriu um amor diferenciado com Lilian, algo que não mudou nem mesmo quando ela se tornou a inimiga mais tenebrosa de todas, no entanto, alguma coisa na dançarina nova, o intrigava, era sorridente, sedutora, lhe entregava paz, lhe dava amor, e ele achou que seria sua nova chance de amar… de esquecer a única mulher que mexia com seu coração, sua delegada nada querida. E essa nova chance, seria a mais dolorosa de todos os tempos, ele só não sabia.
Ler maisO cheiro de Seant nunca iria sair da sua mente. A cidade onde nasceu e cresceu ao lado de uma família era um dos lugares mais belos que já conheceu e também o pior para se continuar visitando.
O carro parou novamente e Tristan desceu assim que a porta foi aberta. Os seguranças estavam por todos os lugares, alguns rostos conhecidos, seu nome sendo proferido o mínimo possível. A pessoa que iria encontrar certamente era muito importante, já que diante de todas as ameaças que sofreu apenas por pensar em voltar a Seant, seu pai havia o mandado novamente para fazer negócios. Ele nem mesmo era o homem que fazia negócios. A boate estava cheia; música alta, bebida por todo lugar, mulheres, sorrisos, peitos… E passando por tudo isso lhe restou outro corredor mais estreito, foi guiado até a área VIP onde reconheceu o homem a qual veio encontrar. Revirou os olhos a tempo de vê-lo sorrir assim que sentou e foi servido com uma bebida quente. — Tristan Benett, é um prazer te encontrar - O homem do outro lado estendeu a mão, mas não recebeu o cumprimento de volta — Seu pai disse que mandaria um representante, então não achei que viesse um dos filhos. — Ele não confia muito nas pessoas. - Avisou ao outro que assentiu, era uma verdade. — Pode falar o que você quer, mensageiro? Não tenho muito tempo nesse lugar, principalmente, na cidade. — Não se preocupe com a segurança, pois meus homens estão ao redor da boate cuidando para que a polícia passe o mais longe possível - Tristan tomou toda a bebida pedindo mais uma, não estava com medo da polícia. — Vamos aos negócios. — Estamos aqui para isso. — Meu chefe, Calvin Ritchie é dono de algumas boates em Beatham, alguns de seus homens já estiveram por lá. - Tristan deu de ombros. Os outros que cuidavam das boates sempre vagavam de uma a uma buscando informações e tentando destruir a concorrência a todo custo. — E em uma dessas idas, Calvin conversou com Juan, o gerente da boate principal de vocês e propôs uma troca de mulheres. — Que tipo de troca de mulheres? Elas viraram mercadorias? - Riu. — As suas boates estão cheias de mulheres de Seant, e vocês da família Bennett proibiram qualquer outra boate de terem essas mulheres - isso era verdade. — A busca pelas mulheres daqui é grande demais, e sabemos que não temos essa liberdade para usá-las. - Tristan trocou olhares com seu segurança particular que rodeava aquela mesa por trás dos sofás, pronto para atacar. — Como você acha que nossa boate é a mais requisitada de todos os tempos? Temos mulheres de qualidade. Juan às escolhe a dedo. - O outro concordou — O que quer propor? — Um teste, a boate de vocês é bem requisitada, mas eu tenho certeza que não atendem a todos os tipos de clientes, nem todos vão ali em busca das garotas de Seant, e talvez alguns clientes seus, já estejam enjoados. - Tristan estreitou os olhos — Damos a você cinco, seis garotas de cidade diferentes, e vocês deem a nós seis de Seant por alguns dias. Tristan recebeu outro copo, aquilo não era uma má ideia. Novidades numa boate de prostituição é sempre bem vinda. — Só que tem um problema - O segurança quebrou o silêncio parando atrás do mensageiro que não se moveu, mas desceu o olhar para a mesa cheia de bebida — As garotas que o seu chefe mantém na boate, são traficadas, o que vamos querer com mulheres traficadas? Mais problemas? — Traficam tantas e não conseguem uma de Seant? Por medo dos Bennett? - Tristan perguntou, se divertindo com a situação. — Não. É porque elas são… Como posso dizer? - Sua linha de raciocínio não deu tempo de terminar a frase quando escutaram o barulho de um tiro seguido de gritaria. — Perigosas, a palavra que você busca para definir as mulheres dessa droga de cidade é Perigosa - o segurança gritou da janela de vidro a qual correu para saber o que acontecia. — Vamos embora Tristan, a polícia chegou. Pegou sua arma correndo em direção à porta, mas ela foi aberta antes de chegar, empunhou a arma rapidamente apontando para os policiais que entraram sem parar. — Abaixa a arma. Temos permissão para atirar - um dos policiais gritou e mesmo assim, o segurança não baixou, foi se aproximando de costas até Tristan que procurou pela coloração diferente dentre os policiais, mas não entrou. — Baixa, ou vamos atirar. — Abaixa a arma, Arthuro. - Mandou para o segurança que foi abaixando aos poucos e jogou o objeto em direção a um dos policiais que foram em direção ao homem o algemando rapidamente. — Relaxa! - Sussurrou para o segurança que sorriu enquanto era levado para fora. — Levanta as mãos, está armado? - O policial começou a revista-lo mesmo sem a cooperação do homem. — Ao menos posso terminar de beber? - Debochou, ele nem estava tão estressado. — Essa cidade é mesmo uma droga. — E você continua vindo mesmo sabendo que é procurado e que será preso assim que te encontrarmos. Nada naquele lugar estava contra as regras da sociedade, uma boate de prostituição era o que mais tinha por toda a cidade. No entanto, o único problema daquela no momento, era que Tristan Bennett estava dentro, e ele não podia sequer pisar em Seant, que o maior erro da sua vida aparecia para acabar com sua saúde mental. E não demorou a aparecer, seu cabelo loiro amarrado em um rabo-de-cavalo balançando de um lado para o outro, vestida de colete e uma calça apertada. Maldita mulher, era uma perdição, os lábios grossos com gosto de menta, linda como um dia chuvoso doce como uma cereja… Cereja, o apelido que deu a ela quando a via sorrir em sua direção. Ela era com certeza a mais bonita que já conheceu, mas também o pivô de toda a sua destruição, o ódio que com nome e sobrenome, a que acordava a sua pior versão, a inimiga mais perigosa, sua ex-namorada e a mãe da sua única filha… Lilian Stewart. — Tristan Bennett… - Ela gritou assim que o viu, seu olhar ganancioso em direção a ele. Tristan riu de lado, não sabia se gritava de volta, se matava, se pedia para morrer. — Você está preso por tantas coisas que não tenho dedos suficientes para contar - Voltou a caminhar parando somente quando estava na sua frente. — Demorou, mas eu peguei você. Ele riu mais. — Você também me pegou na adolescência. Esse circo todo é porque está atrás de uma quarta rodada de sexo selvagem do jeito que você gosta? — O prendam, por favor, se possível o amordace também. - Deu as costas para sair. — É sério? É isso mesmo que você quer? Porque eu sei muito bem que seu fetiche é me ver algemado fodendo você com força. — Cala a boca - Mandou enquanto se aproximava outra vez. — Cala a sua boca. Não estou aqui para falar de intimidades, - Ela sorriu quando escutou as algemas serem fechadas — Está preso por tráfico de armas, drogas, garotas, por uns trinta assassinatos, você vai morrer na cadeia. — Você não quer que o pai da sua filha morra, não é? - Pela primeira vez naquela fatídica noite, Tristan abriu um sorriso que desconcertou a delegada que ergueu a arma outra vez mirando na cabeça daquele homem. Podia apenas atirar e depois dizer que foi um acidente, mas sendo tão apaixonada por aquele hom- pela profissão, tinha que seguir regras — Li… - Ela arfou sentindo todo o corpo estremecer — Você não me assusta, nem essa tropa de homens que você reuniu para me ver. — Tem mais homens aqui do que você imagina. O carro que te trouxe, foi apreendido assim que entrou. Os homens do seu amigo ali estão presos e indo para a delegacia nesse momento. Medi seus passos desde que chegou no seu jatinho particular no aeroporto clandestino há dois dias. - Ele foi parando de sorrir. — Não gosto de ter encontros com você desse jeito. - Ela não ligou — Com tanta gente não podemos falar de sexo, mas podemos falar sobre a Lizzie - Ela entreabriu os lábios e deixando sua arma de lado, ela o socou no rosto fazendo o homem cambalear para trás e ser aparado por outros policiais. — Para de falar da minha filha. - Mandou cheia de ódio para o homem que tornou a lhe encarar, sorrindo, um sorriso com gosto de sangue. — Podem levar esse criminoso. - Ordenou aos subordinados mostrando ao Bennett todo seu nojo num olhar direcionado a ele. Lilian assistiu seu caminhar até atravessar a porta e respirou fundo. — Alguém avisa o Cassius para me encontrar na delegacia, eu peguei Tristan Bennett.— Lilian? - A delegada ergueu o olhar para ver Cassius adentrar sua sala com passos pequenos… uma expressão séria de que estava prestes a chorar. Que mais problemas estariam por vir? — Tem um momento? — Sim, eu acho. Estou terminando o relatório para o James. As coisas que aconteceram lá dentro podem vir à tona. Estou me sentindo um pouco culpada. Se eu tivesse procurado saber um pouco mais sobre o Mike, ele não morreria ali, e estaria feliz com sua família. — Julian me contou que ele estava dormindo em um hotel tinha dois, ou três meses. - A delegada tornou a olhar para o homem — Ele estava falando a verdade quando disse que seu casamento não estava indo bem. — Não tente defender o que aquele homem fez. Estou com ódio. — Espero que fique bem, porque o que eu tenho para dizer não vai te trazer paz, ou te ajudar - Lilian estreitou os olhos quando um documento foi empurrado em sua direção com cautela, pegou com medo e olhou para seu amigo. —
— Lizzie… Como você é bonita, certeza que puxou ao tio. — O que? - Ela olhou para metade daqueles policiais antes de voltar ao homem. — Ah, claro! Eu devia me apresentar, sou Teodoro… Teodoro Bennett, irmão do seu pai. - Lizzie soltou-se de sua mãe completamente atordoada em encontrar alguém da família do pai tão próximo. Um sorriso mínimo surgiu no rosto da menina — Tudo bem? — Lizzie, vai para minha sala agora - Pediu à mãe que não vou ouvida. Houve um momento de silêncio onde todos podiam assistir o desespero de uma mãe em ver sua filha se aproximar de um criminoso. — Foi mal em ter que te conhecer assim, mas a sua mãe essa desgraçada filha da puta, vai me pagar por isso - Gritou para a delegada que embora estivesse perdida e sem saber como agir, acabou sorrindo, porque aquelas ameaças não lhe serviriam de nada. — Eu odeio policial. E você é a pior de todos. — Não precisa falar assim com a minha mãe. - Lizzie a defendeu e acabou
Seu coração ainda estava acelerado naquela tarde. O olhar perdido mostrava a todos que nada do que planejou para a noite anterior havia dado certo. As lágrimas queriam descer a qualquer custo, mas sabia que não era a pessoa certa para chorar por Mike naquele momento. Alguma coisa na sua garganta queria sair, talvez um grito, um xingamento, uma desistência da sua vida ou carreira, mas nada conseguia pronunciar. A delegada se encontrava em choque desde o momento em que foi coberta pelo sangue do homem que achou ser uma pessoa boa, e que pensou que seria também o seu novo namorado, um homem que pudesse lhe fazer esquecer-se do passado e seguir a vida como todo mundo merece, mas ele era apenas mais um traidor de merda. — Tome isso… - Escutou ao longe a voz de seu melhor amigo soar ao pé do ouvido e demorou a mexer para pegar o copo de café oferecido em sua direção. Tomou o primeiro gole e quase chora novamente. Mas não podia, ela não iria ch
Lizzie chegou naquela tarde totalmente animada, se se arrumou desde o guarda-roupa á suas maquiagens e casa, tudo tinha que está perfeito para quando sua mãe chegasse. Nada poderia dar errado com seu encontro com o primo. Quando escutou a porta abrir e fechar da frente, soube que sua mãe tinha chegado e correu da cozinha para encontrar-se com a mulher na sala, e não estava sozinha.— Mãe… e Mike - Sorriu para o homem que fez o mesmo — Achei que vinha sozinha, preciso lhe pedir algo.— Mike e eu estamos nos conhecemos e até pensei que poderíamos jantar juntos hoje. - Lizzie olhou de um para o outro e negou — Então peça o que quer - com os olhar grande, Lilian estudou toda sua casa até onde podia e aparentemente, não havia ninguém ali. E esperava por isso, Teodoro não podia atacar naquele momento.— Eu sei que é dia de escola, mas eu e a Mônica planejamos ir num show em outra cidade. Aqui perto na terça a noite - Lilian estreitou olhos, isso sim era uma novidade — Por favor,
Quando deixou o celular de lado, Tristan tinha um único objetivo no momento: Achar Jennie que dormiu na sua cama e acordou onde? Desfilou pelos corredores estudando cada pessoa presente naquela boate, ali também era sua casa e o lugar mais seguro para sua vida e de sua família, então precisavam mesmo encontrar o espião. E foi andando pelos corredores que avistou a sua garota. Sentada em uma das mesas da boate tomando o que parecia ser um café bem quente. Não usava tantas roupas e ainda que não estivesse tão frio. Andar apenas com uma camisola e um casaco por cima faria mal a qualquer um. Aproximou-se aos poucos para lhe falar.Por outro lado Jennie procurou um lugar para tomar seu café da noite louca que teve com aquele homem, não podia ter gostado de seus toques, beijos e de como foi tirada daquela pia para ser jogada nas paredes até a cama enquanto era penetrado, um sexo selvagem, mas com pegada, era gostoso, tão sensual, como Tristan poderia lhe dar aquilo? Como? Não sentia vergonh
Aquele final de semana estaria marcado para sempre no coração de Lizzie e não se arriscaria a errar em nada com sua mãe para conseguir se aproximar do primo, ou tio, ela não sabia, mas se conhecia seu pai, já era um caminho. Sorriu diante do espelho, o uniforme da escola colado em seu corpo. Escutou quando uma buzina soou do lado de fora e correu para lá. Mônica lhe esperava com um sorriso no rosto como se fosse à dona de tudo ali, mas não era. Botas, mochilas, carro, o nome de Lizzie era requisitado em alguns lugares e sua mãe não sabia. E jamais iria descobrir.— Porque está tão animada? Conte-me que ainda estou sem celular.— Tenho duas coisas para contar e você vai amar, mas não conte ao Archie. - Mônica olhou de relance voltando à estrada — Minha mãe vai planejar um encontro comigo e… meu primo que foi preso essa semana.— O que? - Mônica quase gritou — Você está maluca? Céus, o que tem na cabeça?— Eu quero conhecer alguém daquela família, e essa é a minha chance - Jogou os cabe
Último capítulo