Suas pernas já estavam cansadas e tentavam lhe parar.
Os olhos cheios de lágrimas não lhe deixavam enxergar o caminho certo.
Os pés descalços machucavam todas as vezes que encontrava uma singela pedra no caminho, ou os galhos cheios de espinhos.
Mas ela não iria parar, não quando tinha seu filho nos braços e o perigo lhe perseguindo sem parar.
Podia escutar a voz dele na sua cabeça, as ameaças, os insultos e as promessas do quão perigosa tinha sido a sua escolha.
E como sua escolha poderia ser ruim se escolheu apenas ser feliz com seu filho sem que nada e nem ninguém pudesse lhe fazer mal?
Isso era ser ruim? Proteger seu filho de todos os perigos do mundo?
O corpo travou no momento em que escutou um tiro no ar. Gritou pelo susto se escondendo atrás de uma árvore. Mordeu os lábios com o choro preso em sua garganta, mas apenas ela conseguia chorar em silêncio.
Seu bebê despertou e colocou-se a chorar..
— Não… meu amor, agora não – pediu voltando a correr e agora com o bebê chor