O sol da tarde entrava pelas vidraças da mansão, refletindo o brilho do mármore e o movimento dos seguranças novos no pátio.
Rose observava de cima, braços cruzados, enquanto Carlos ajustava o rádio no ouvido.
Dois homens e uma mulher caminhavam lado a lado — uniformes discretos, postura impecável.
Ex-agentes. Todos conhecidos dela. Todos leais.
Pedro apareceu no corredor, ainda com a toalha no pescoço, cabelo úmido do banho, expressão curiosa.
— Mais reforços? — perguntou, encostando na parede.
Rose assentiu, séria. — Gente de confiança. Trabalharam comigo em missões no Oriente Médio.
Ele arqueou uma sobrancelha. — Você parece uma comandante recrutando para a guerra.
— É o que eu tô fazendo. — respondeu, seca, mas com um leve sorriso no canto da boca.
Pedro se aproximou, a voz baixa, provocante. — Eu devia me preocupar com esses caras olhando pra minha mulher desse jeito?
Rose girou o rosto devagar, encontrando o olhar dele. — Eles sabem que eu sou o tipo de mulher que atira primeiro