Mundo ficciónIniciar sesiónMarie foi uma esposa dedicada mas nada parecia ser o suficiente para Johny que não disfarçava seu descontentamento. Um dia Marie descobre um segredo sombrio de seu marido que resulta em sua quase morte. A vida lhe deu uma chance de recomeçar e fazer todos os culpados pelo seu sofrimento pagarem muito caro. Será que Johny se arrependerá de seus atos? Marie viverá um novo amor ou deixará que a vingança contamine o seu coração de tal forma que nunca mais olhará para os homens de outra maneira?
Leer másMarie
Aquele dia havia começado como de costume: acordei cedo, tomei meu banho e fui a cozinha preparar o café da manhã.
Precisava ser rápido para não correr de me atrasar para o trabalho.
Sou CEO de uma empresa renomada no ramo da beleza.
Sou conhecida por ser bem direta e de poucas palavras.
Meu ditado é : Quem muito fala não diz nada!
Se não gosto de algo não vejo problema em me impõr e delegar funções.
Acredito que tenha sido por isso que meu pai deu preferência a se cargo para mim e não para minha irmã mais nova Cassidy, quem embora tivesse mais experiência para o cargo não levava o trabalho a sério!
Após um dia cansativo de trabalho mal esperava para chegar em casa.
Aquela sem sombra de dúvidas era a melhor hora do dia!
Por volta das sete e meia já havia descido ao estacionamento para pegar o carro, mas uma voz familiar me chamou a atenção...
-Marie!
Assim que virei para trás o reconheci. Era Luke. Um amigo de infância que trabalhava no mesmo prédio.
-Luke! A quanto tempo não lhe vejo! Por onde estava?
Questionei após ele me cumprimentar com um abraço.
-Bom.. você me conhece! Estava lá e cá.. muitas reuniões. Algumas curtas, outras longas e muito cansativas. Não dá para ser bem sucedido se não esquentar um pouco a cabeça não é mesmo? Foram os piores for três meses da minha vida.
Ele revirou os olhos. Aquele era o Luke. Como sempre sem muita paciência para falar do trabalho.
-Foi bastante tempo dessa vez. Entendo que esteja esgotado.
Ajeitei a alça da bolsa no ombro.
-Minha nossa Marie! Estou te atrapalhando com minhas reclamações não é mesmo?
-Não, está tudo bem. Vou para casa, preciso ver o Johny.
Assim que escutou o nome dele, Luke revirou os olhos.
Ele o odiava. De verdade.
-Vai começar?
Perguntei em tom brincalhão. De fato Johny e Luke se detestavam.
-Não disse nada.
-Mais ia dizer..
O motivo? Nunca soube. Na certa é algo sem importância.
-Só quero o melhor para você e aquele encostado..
-Luke, preciso ir está bem?
O cortei e entrei no carro.
- Sabe que pode contar comigo, não é mesmo?
-Sim, eu sei. Até amanhã!
Respirei fundo e dei a partida.
Luke e eu somos melhores amigos desde o jardim da infância por isso entendo que ele tenha esse instinto de proteção, mas isso não o autoriza a se meter em minha vida!
*
Já na esquina do apartamento percebo que esqueci as chaves no trabalho.
Droga!
Droga!
Droga!
Teria de voltar e refazer o trajeto. Quando pensei em voltar para o carro avistei Johny pela janela.
Dei sorte! Hoje ele chegou antes de mim. Meu marido tem trabalhado tanto, faz hora extra quase todos os dias.
Peguei o elevador e subi até o sétimo andar. Estava exausta, morta de tanto trabalhar.
Assim que girei a maçaneta vi a cena mais nojenta e repugnante.
Meus olhos encherão d'água. Simplesmente não acreditei na cena absurda:
Johny e minha querida irmãzinha nus. Mais especificamente, Cassidy estava cavalg*ndo no meu marido.
Que gemia o nome dela. Aquela cena me deu um nó no estômago.
-QUE PALHAÇADA É ESSA?
Berrei após bater a porta com força. Johny se deu conta do flagra e empurrou Cassidy para o lado que tinha um sorriso vencedor nos lábios.
-Eu não resisti, Marie... Sempre deixei claro que não te amava. Aconteceu..
Teria sido melhor se não tivesse dito nada. Que justificativa bosta.
Oh, aquele desgraçado! Senti as lágrimas saltarem violentamente dos meus olhos.
Os dois amantes vestiam-se de forma lenta. Era como se o flagra fosse armado.
Os dois correram porta a fora. Assim que a fechei, me permiti escorregar lentamente ao chão e chorei como nunca havia chorado tanto em toda minha vida;
Luke Como o combinado, Marie e eu fomos ao estábulo para a montaria. A ajudei a colocar o equipamento e expliquei como subir corretamente. Apesar de ficar um pouco receosa no início, Marie montou no Trovão sem esforço. Parecia que tinha nascido para aquilo. Sorri. Ela é uma caixinha de surpresas. O riso dela era contagiante. -Guiarei o Trovão por essa parte do campo. Me sinalize caso se sinta desconfortável. Marie assentiu. O clima era perfeito. Fresco e o sol brilhava não muito forte. O cheiro da grama era sem sombra de dúvidas terapêutico. Trovão comportou-se bem. Parecia até que tinha ciência da falta de experiência de Marie na montaria. Demos algumas voltas e depois voltamos ao estábulo. Ao tentar descer sozinha, Marie quase caiu. Quase. Consegui segurá-la a tempo e os nossos olhares se cruzaram. Evitei encarar seus olhos por muito tempo senão ficaria hipnotizado naquele infinito mar azul-esverdeado. Coloquei-a no chão e percebi que Marie ficou tímida.
Luke A noite passada foi maravilhosa! Dormi ansioso pela resposta de Marie. Acordei bem cedo pois tinha de ir ao estábulo e encontrei Marie acariciando o pelo do Trovão. Não sabia que gostava de cavalos. Ela se assustou com a minha chegada. -Caiu da cama, moça da cidade? Brinquei com ela. De bom humor, Marie tirou o chapéu da cabeça para me cumprimentar. -O ar do campo lhe faz bem. -Também acho. Aqui está mais lindo do que me lembrava, não dá vontade de ir embora. Ela comentou. -Sabe que pode voltar o quanto quiser. Meus pais ficarão felizes em recebê-la. -Sim, quem sabe ainda esse ano? Tenho muito o que resolver quando voltar. Trovão lambeu a mão de Marie. Aquilo era novidade. Normalmente o Trovão não gostava de receber carinho pelas mulheres, nem mesmo a minha mãe ele deixava tocar no corpo. Apenas na cabeça. Pelo visto ele encantou-se por Marie. Sorri. -Gostaria de montar? -Mais tarde, agora de manhã sua mãe me convidou para a plantação. Vamos bu
Luke Minha mãe não muda! Sempre jogando garotas em mim. Desde que soube pela própria Marie que entraria com o pedido de divorcio me incentivou a investir nela. Se dependesse dela já estaríamos casados. Dona Tânia é um pouco doida. Marie precisa de espaço. E lhe darei isso. Guardarei meus sentimentos o tempo que for necessário. Marie valia a pena. Sorri. * O resto da tarde foi tedioso. Por isso fiquei imensamente feliz com o início da noite. O festival das flores. Era tradição que as mulheres levassem vasos com as mais belas flores. Elas simbolizam beleza e graciosidade. Os homens tinham de dar as flores para as mulheres de sua vida. E foi o que meu pai e eu fizemos. Aposto que Marie não se lembra dessa tradição. De qualquer forma, não é nada demais. São apenas flores! E no fim das contas era o nome do festival. Meu pai e eu esperávamos pelas mulheres a cerca de meia hora. Estávamos atrasados. Mais algo me dizia que valeria a pena. Uau! Ela estava lind
MarieApós o almoço, ajudei dona Tânia a lavar a louça.Mesmo com a insistência dela de que era convidada e não precisava, a ajudei.Não custava nada. Fora que me distrairia dos problemas.-Minha querida... perdoe se estiver sendo enxerida, mas está tudo bem?Dona Tânia perguntou com hesitação.-Luke te disse algo?Perguntei um pouco constrangida.-Me disse que o... fulano te enganou com outra. Você não merece isso, é uma moça muito boa.Tânia confessou. Era compreensível que soubesse o motivo, já que passaria o final de semana em sua casa de uma hora para a outra.Mesmo sendo amiga de infância de Luke, não vinha com frequência.-Muito obrigada. É doloroso, mas faz parte da vida. Ninguém está preparado para o que vem a seguir.Respondi confiante. Apesar de sentir um vazio no peito precisava deixar a frustração de lado e relaxar.Desintoxicar de toda o rastro de podridão que Johny e Cassidy deixaram na minha cabeça com aquela cena grotesca.Sinceramente já não me importava mais. O que
LukeMarie como sempre estava linda. Foi difícil concentrar-me na estrada.Não queria que Marie descobrisse que a Phoebe me contou sobre a conversa delas ontem à noite.Estava confusa e apesar de amar minha irmã e ser amigo de Marie, preferi apenas ouvir.As duas foram enganadas. Aquele imbecil do Johny já prejudicou muitas pessoas.Aquilo tudo fervilhava a minha cabeça. Por isso sugeri o fim de semana na fazenda dos meus pais.Lá é um lugar de paz e tranquilidade. Minha mãe amou a ideia.É doida para ter Marie como nora. Tenho certeza que fará de tudo para jogar Marie para cima de mim.Não a culpo. Infelizmente o momento não é oportuno.Marie acabou de descobrir uma traição. Traição de um casamento de cinco anos.Não é pouco tempo e apesar de querer estar com ela além da amizade, sei que no momento ela precisa de espaço.Por isso serei paciente.Não sou nenhum tarado e muito menos desesperado.Marie ficava linda preocupada. De fato me incomodei com o comentário sobre Phoebe.Deixei
Marie A conversa com Phoebe foi bem desagradável e constrangedora. Aquilo tudo não passava de um mau entendido. A questão é que apesar da verdade ser finalmente revelada não significava que as coisas voltariam a ser como antes. Dois anos. É muito tempo. Por isso tratei de me recolher para o quarto extra e finalmente tomar um banho. A água quente com toda certeza não resolveria todos os problemas, mas ajudou a relaxar. Já na cama enviei uma mensagem para Hannah, a minha assistente pessoal pedindo que cancelasse os meus compromissos de amanhã e os remarcasse para a próxima semana. Precisava distrair a cabeça. E como se os pensamentos estivessem conectados, Luke mandou uma mensagem. "Topa ir na fazenda da família comigo? Acredito que passar um final de semana lhe fará bem" Respondi sua mensagem com um 'Sim'. Coloquei o celular para carregar, liguei o ar condicionado e me deitei. Amanhã será um novo dia! * Acordei com o raio do sol no meu rosto. Droga!





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