Três meses haviam passado desde o paraíso — mas, de alguma forma, o calor daquele mar ainda vivia dentro deles.
O mundo de Pedro Nascer e Rose Almeida não era mais o mesmo.
A rotina da mansão, antes cheia de silêncios e passos contidos, agora tinha vida. O som das risadas de Rose misturava-se ao das xícaras no café da manhã, aos latidos ocasionais do cachorro de Carlos e até às músicas que Pedro colocava no escritório só para vê-la reclamar do gosto dele.
Rose continuava sendo a guarda-costas. Insistira nisso com toda a teimosia que Pedro amava e odiava ao mesmo tempo.
Mas, por exigência dele, Carlos agora supervisionava uma pequena equipe de apoio. “Não quero ninguém rondando você sozinha”, ele dissera, e ela respondera que podia cuidar de si mesma. O resultado foi um acordo: ela cuidava dele; Carlos cuidava dos dois.
A verdade é que Pedro não queria mais perder ninguém.
Desde o acidente — aquele instante em que o carro capotou e o fogo engoliu o futuro dele com Bárbara —, cada vez q