O sol batia com força naquela manhã, refletindo na água cristalina da piscina como se quisesse provocar.
O mar lá embaixo parecia rir junto, preguiçoso, azul até o infinito.
Pedro estava deitado em uma espreguiçadeira, de óculos escuros, o cabelo bagunçado e o sorriso fácil de quem não devia nada a ninguém.
Rose, do outro lado, mexia no celular com uma expressão tão concentrada que parecia ignorar o mundo.
— Almeida… — ele chamou, o tom arrastado, preguiçoso.
— Hum? — ela respondeu, sem levantar o olhar.
— Tá proibida de trabalhar.
— Tô só vendo as horas.
— A gente tá em um lugar onde o tempo é proibido. — Ele tirou os óculos e virou o rosto pra ela. — Fecha o celular antes que eu confisque.
Rose arqueou uma sobrancelha. — Confiscar?
— Ordem do chefe.
— Você tá de folga do cargo de chefe, lembra?
— E assumindo o cargo de algo bem melhor. — Ele se levantou, indo até ela com aquele andar lento e confiante que só ele tinha. — O de namorado temporário de férias.
Rose tentou conter o riso.