O som da água no banheiro ecoava suave, quebrando o silêncio do corredor. Rose havia subido para checar o quarto de Pedro — parte da rotina, nada além disso. Pelo menos era o que dizia a si mesma enquanto digitava no tablet as observações da ronda matinal.
Tudo parecia tranquilo. A segurança revisada, o sistema funcionando, o clima menos tenso desde o incidente na estrada. Mas havia algo no ar… um tipo de inquietação que Rose não conseguia nomear.
Bateu de leve na porta.
— Pedro?
Silêncio.
Ela esperou alguns segundos, depois girou a maçaneta.
— Pedro, preciso que assine o relatório da vigilância…
A voz dela morreu no ar.
Pedro saiu do banheiro exatamente naquele momento — com uma toalha amarrada na cintura, os cabelos ainda molhados e gotas de água escorrendo pelo peito nu. A luz do sol atravessava a janela e realçava cada linha dos músculos dele, o tipo de visão que faria qualquer profissional perder o foco por alguns segundos.
Rose travou. O cérebro dizia “saia”, mas os olhos ficara