O amanhecer nasceu dourado — daqueles que parecem ter sido desenhados para uma promessa.
O ar ainda trazia o perfume da chuva da noite anterior, e a mansão respirava silêncio, como se o mundo inteiro prendesse a respiração à espera do “sim”.
Rose acordou antes de todos.
Ficou alguns minutos sentada na beira da cama, os pés descalços tocando o frio do chão, o anel no dedo esquerdo brilhando à meia-luz.
Nunca se achou o tipo de mulher que vestiria branco. Não depois de tudo.
Mas ali estava ela, prestes a caminhar até o homem que desafiara o destino só pra amá-la.
Um leve choro quebrou o silêncio — o som doce e desajeitado de um bebê despertando.
Rose sorriu.
Liz apareceu na porta, de robe e com Milla nos braços, os cabelos bagunçados e o olhar de quem ainda não acreditava no que estava acontecendo.
— Bom dia, noiva do ano! — anunciou, rindo. — E bom dia pra você também, princesa babona — completou, olhando para a sobrinha, que balbuciava sons indecifráveis.
Rose se levantou, pegando Mil