A casa acordou em silêncio, o tipo de silêncio que vem antes de algo grandioso — quase como se o mundo prendesse o fôlego.
Do lado de fora, o céu clareava devagar, e o vento soprava cheiro de flor e promessa.
Rose abriu os olhos ainda antes do despertador tocar.
Dormira pouco, o coração batendo como se tivesse medo de esquecer o ritmo.
Amanhã seria o dia.
O dia em que deixaria de ser só a mulher que protegeu e amou, para se tornar a que ficaria — por escolha, não por destino.
Sentou-se na cama e ficou olhando o anel no dedo, a aliança provisória que Pedro colocara na noite do pedido.
A luz do amanhecer atravessava o vidro e fazia a pedra brilhar como se guardasse o fogo de tudo que viveram.
— Bom dia, noiva mais linda do mundo. — a voz de Pedro veio da porta.
Ela ergueu o olhar, e ali estava ele: camisa branca, o cabelo bagunçado, o sorriso calmo de quem, finalmente, encontrou paz.
Nas mãos, um copo de café e uma rosa branca.
— Achei que era minha vez de preparar o café. — disse ela,