Ele levou a mão ao peito. Achei que era só um gesto normal, um sinal de cansaço. A idade dele, os últimos dias, o estresse... tudo isso me fez pensar que era apenas isso.
Seu Francisco gemeu, e eu levantei os olhos sobre o livro. Ele estava pálido na cadeira, os olhos semi-cerrados, o corpo agora começando a ficar mole. Meu coração disparou. O que antes era um gesto normal, agora era um sinal de perigo. O livro escorregou das minhas mãos e caiu no chão com um baque, mas eu nem me dei conta.
Me levantei rapidamente, a barriga já pesada me impedindo de ser tão ágil quanto gostaria. Me aproximei dele, o pânico tomando conta de mim. 'Senhor Francisco!', chamei, a voz embargada.
A sua cabeça pendeu para o lado, e o seu corpo foi cedendo à gravidade.
"Socorro! Socorro! Alguém ajuda! Socorro!", eu gritava, meu coração batendo forte no peito, o pânico me dominando.
Pietro e Cidália, os empregados da casa, ouviram meus gritos e vieram correndo na porta. O olhar de preocupação em seus rostos,