Na manhã seguinte, Léo saiu cedo para resolver alguns assuntos. Quando voltou, contou-me que precisaria viajar à Espanha para tratar de negócios, mas garantiu que não demoraria.
Senti o peito apertar. Mesmo com sua rotina intensa, à noite ele sempre voltava para casa — e isso, na França, já me trazia uma sensação de segurança.
Na Serra Gaúcha era diferente. Lá havia o senhor Francesco, Cidália, Pietro... e eu nunca me sentia realmente sozinha. Estava habituada àquela rotina, mas ali, tudo ainda me parecia transitório, como se eu fosse apenas uma hóspede.
— Serão apenas três dias, meu amor — disse ele, enquanto nos levantávamos da mesa.
Assenti em silêncio. Eu precisava compreender o ritmo da vida dele, e sabia que, para Léo, também não seria fácil partir. Mas havia coisas que simplesmente precisavam ser feitas.
Passamos o restante do dia juntos. Ele respondeu a alguns e-mails no escritório e comentou que viajaria ao amanhecer.
Mais tarde, foi brincar com Lucca na piscina. Fiquei obser