Passou algum tempo, o som dos nossos corações batendo forte no peito, a ansiedade consumindo cada um de nós. O médico, com o rosto sério, voltou. Ele nos olhou, e o seu olhar, cheio de compaixão, me fez segurar a respiração.
'A cirurgia foi um sucesso', ele falou, e um suspiro de alívio coletivo ecoou na sala de espera. Léo me abraçou, e eu senti o peso do seu corpo, a sua fraqueza.
-O senhor Francesco irá para o quarto, mas está sedado. Provavelmente só acordará amanhã', o médico continuou.
-Helena, você precisa descansar", Léo falou, a voz grave, mas cheia de carinho, a mão na minha.
Eu realmente estava cansada. Meu corpo doía, o bebê estava inquieto dentro de mim, e a ansiedade me consumia. Mas eu sabia que Léo precisava estar ali. Ele estava fragilizado com o que aconteceu com o avô.
"Fique, meu amor", eu disse, a voz suave, a mão dele na minha, o meu olhar no dele. "Ele precisa que você esteja aqui quando ele acordar."
Léo me olhou, os olhos azuis cheios de preocupação. "E você?